“Na própria imprensa, as pessoas têm receio em falar em Lava Toga”
Em entrevista a O Antagonista, o senador Alessandro Vieira, que tenta criar a CPI da Lava Toga, rebateu as críticas de que seu requerimento original não tinha "fato concreto". "Havia 12 fatos concretos narrados no corpo do requerimento...
Em entrevista a O Antagonista, o senador Alessandro Vieira, que tenta criar a CPI da Lava Toga, rebateu as críticas de que seu requerimento original não tinha “fato concreto”.
“Havia 12 fatos concretos narrados no corpo do requerimento. Mas, para deixar mais claro para aquelas pessoas que possam ter dificuldade, vamos elencar esses pontos no novo requerimento.”
De fato, a proposta original de Vieira — arquivada depois que três senadores retiraram o apoio — trazia exemplos de pontos como o uso abusivo de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões do plenário, além da participação de ministros em atividades econômicas incompatíveis com a Lei Orgânica da Magistratura.
“Um ministro não pode ser dono de universidade nem mega palestrante de eventos patrocinados por demandantes da Justiça.”
Vieira, do PPS de Sergipe, defendeu que não há motivo para que a CPI não seja instalada.
“Não vamos investigar crimes ou ameaçar autoridades. Vamos apurar fatos relevantes, que podem ou não esbarrar em crimes. Não queremos intervir nas cortes superiores, queremos transparência.”
Segundo o senador, a mesada de Dias Toffoli revelada pela revista Crusoé será objetivo de investigação se a CPI for instalada. Ele estranha o fato de outros veículos não terem repercutido a reportagem à época.
“Tenho percebido que na própria imprensa as pessoas têm receio em falar em Lava Toga, em tratar desses assuntos.”
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