Goleiro Bruno é acusado de dever pensão para o filho
A situação entre o ex-goleiro Bruno Fernandes e Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, trouxe novamente à tona a discussão sobre direitos
A situação entre o ex-goleiro Bruno Fernandes e Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, trouxe novamente à tona a discussão sobre direitos e deveres em relação ao sustento de menores, especialmente quando decorrentes de casos de grande repercussão.
De acordo com informações do jornal O TEMPO, Sônia Moura voltou a denunciar a ausência de repasses da pensão alimentícia para Bruninho, filho de Bruno com a modelo Eliza Samudio, assassinada em 2010. Segundo os dados apresentados, o último pagamento dataria de setembro de 2022, acumulando uma dívida significativa ao longo desse período. O caso, atualmente em tramitação no Rio de Janeiro, permanece parado, segundo relatos da família materna do menor.
Como funciona o pagamento de pensão alimentícia?
O pagamento da pensão alimentícia é uma obrigação legal que visa garantir o sustento e o bem-estar de crianças e adolescentes. A legislação brasileira determina que ambos os genitores compartilhem as responsabilidades financeiras com seus dependentes, estabelecendo valores que consideram necessidades da criança e capacidades econômicas de quem paga. Quando há descumprimento, o processo pode ser judicializado, e a justiça tem mecanismos para tentar assegurar o direito do menor.
No caso citado, a Justiça estipulou o valor da pensão alimentícia em dois salários mínimos mensais. Modelos de pagamento costumam sofrer reajustes periódicos conforme variam os salários mínimos, aumentando o valor total da dívida quando há inadimplência. Segundo o levantamento feito pela família de Eliza Samudio, o débito acumulado por Bruno já ultrapassa os R$ 90 mil.
Quais medidas legais são aplicáveis em cobrança de pensão atrasada?
Em situações de não pagamento, a legislação prevê ações que vão desde notificações judiciais até a prisão civil do responsável pela dívida, sendo esta uma medida extrema e pontual. O Código de Processo Civil permite que, caso o devedor não cumpra voluntariamente a ordem judicial, sejam utilizados recursos como bloqueio de bens, penhora de valores em conta bancária e restrições de direitos.
Ainda é possível regularizar a situação da pensão?
Mesmo diante de dívidas altas e processos parados, há caminhos legais para regularização. O devedor pode apresentar justificativas para evitar sanções mais severas, como a comprovação de impossibilidade financeira real. Também pode ser solicitada a revisão do valor da pensão, caso haja alteração significativa nos rendimentos do pagador.
No caso de Bruno, sua defesa afirma atualmente que seus ganhos correspondem a dois salários mínimos, tornando inviável a quitação dos débitos acumulados segundo o valor inicial estabelecido. No entanto, esse tipo de alegação precisa ser formalmente analisado pela Justiça para que ocorra possível revisão.
Quais são as consequências práticas da inadimplência prolongada?
A inadimplência em pensão alimentícia pode gerar uma série de complicações para ambas as partes. Para o responsável legal, há riscos de inclusão em restrições de crédito, bloqueio de bens e a própria prisão civil. Por outro lado, o dependente pode enfrentar dificuldades financeiras significativas, prejudicando aspectos como educação, saúde e qualidade de vida.
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