A capivara de Davi
O Brasil se livrou de Renan Calheiros na presidência do Senado, mas a capivara de Davi Alcolumbre (DEM-AP) continua a aparecer. Alvo de três ações no TSE e de dois inquéritos no STF envolvendo supostas fraudes na campanha de 2014, o novo presidente do Senado usou empresas da família e do contador...
O Brasil se livrou de Renan Calheiros na presidência do Senado, mas a capivara de Davi Alcolumbre (DEM-AP) continua a aparecer.
Alvo de três ações no TSE e de dois inquéritos no STF envolvendo supostas fraudes na campanha de 2014, o novo presidente do Senado usou empresas da família e do contador e presidente do comitê financeiro do DEM para justificar gastos de R$ 763 mil que estão sob suspeita, informa o Estadão.
Em novembro passado, Rosa Weber negou pedido de arquivamento da investigação feito pelo senador e autorizou a quebra de sigilo bancário do contador da campanha de Davi, Rynaldo Gomes, e de sua empresa, a R.A.M. Gomes.
“Gomes recebeu R$ 478 mil da candidatura do senador e do comitê do DEM – as contabilidades de ambos são controladas por ele. Os inquéritos estão em segredo de Justiça.
Gomes é peça central tanto nas ações no TSE, que pedem a cassação de mandato de Davi por abuso de poder econômico, quanto nos inquéritos no STF, que investigam suposto crime de falsidade ideológica. Ele é acusado de ter usado cinco notas frias no valor de R$ 157 mil em nome da empresa L.L.S. Morais-ME na prestação de contas da campanha de Davi e de ter falsificado documento da Prefeitura de Macapá para tentar regularizar a contabilidade.
Uma quebra de sigilo parcial feita ainda durante investigação no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) constatou que R$ 34 mil referentes a serviços prestados pela L.L.S. foram transferidos para a conta bancária de Gomes. (…)
O TRE-AP indeferiu o pedido de cassação de mandato em 2016 entendendo que a participação ou ciência de Davi sobre a fraude não foi comprovada e determinou que o crime de falsidade ideológica fosse apurado em uma ação penal, aberta naquele ano. Três recursos foram apresentados ao TSE e estão desde agosto do ano passado no gabinete do ministro Edson Fachin.”
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