O JOGO DUPLO DE ANDRÉ ESTEVES, SEGUNDO PALOCCI
Antonio Palocci contou na delação premiada que o banqueiro André Esteves, dono do BTG e sócio da Sete Brasil, atuava nos dois lados da "briga política" entre Lula e Dilma Rousseff pelo controle da empresa, geradora de propina na venda de navios-sondas para a Petrobras...
Antonio Palocci contou na delação premiada que o banqueiro André Esteves, dono do BTG e sócio da Sete Brasil, atuava nos dois lados da “briga política” entre Lula e Dilma Rousseff pelo controle da empresa, geradora de propina na venda de navios-sondas para a Petrobras.
“Em 2012, após a nomeação de Graça Foster, André Esteves adotava uma postura bastante dissimulada junto aos dois grupos políticos do PT que se formavam, encabeçados por Lula e Dilma; que, junto a Graça Foster, André Esteves tinha a conduta de aceitar sua posição de demitir João Ferraz da presidência da Sete Brasil; que, ao mesmo tempo que André Esteves buscava se aliar aos interesses da Petrobras e, assim, controlar conjuntamente a Sete Brasil, André Esteves também desejava agradar os interesses de Luiz Inácio Lula da Silva; que, por tal motivo, junto a Lula, André Esteves defendia a permanência e o fortalecimento de Ferraz no controle da Sete Brasil”.
Ferraz permaneceu no comando da Sete Brasil por mais dois anos; foi demitido em 2014 por Graça Foster logo após Palocci dizer a Esteves que não operaria mais o repasse de propina da empresa para Lula, segundo o relato da delação premiada.
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