G7 reafirma apoio à Ucrânia e faz exigência a Putin
Membros do grupo pediram à Rússia para aceitar o acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos

Autoridades dos países do G7, bloco composto pelas sete principais economias do mundo, se reuniram nesta sexta-feira, 14, no Canadá, e reafirmaram o apoio à integridade territorial da Ucrânia e pediram à Rússia para aceitar o acordo de cessar-fogo temporário proposto pelos Estados Unidos ou enfrentar possíveis novas sanções.
Segundo a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joy, o encontro marcou uma “forte unidade no G7”, cujo o grupo é formado pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Havia um temor de que não chegariam a um consenso sobre um documento abrangente que tratasse de questões geopolíticas globais que, segundo parte dos países, poderia beneficiar a Rússia e China.
Joy disse que o país manterá “pressão máxima” sobre os americanos sobre as tarifas impostas aos produtos canadenses.
Em publicação no X, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, destacou a importância do encontro.
“Trabalhar com nossos parceiros do G7 é essencial para resolver os desafios do mundo. Devemos apoiar um fim rápido e duradouro para a guerra Rússia-Ucrânia”, escreveu.
Trump reproduz narrativa
Em uma publicação na rede social Truth Social, o presidente Donald Trump afirmou que há uma “grande chance” de a “horrível e sangrenta guerra” chegar ao fim após o diálogo com Putin.
No entanto, segundo Trump, há um impasse, já que “milhares de tropas ucranianas” estão cercadas pelo exército russo, o que poderia resultar em um “massacre horrível”, sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.
“Nós tivemos muito boas e produtivas discussões com o Presidente Vladmir Putin da Rússia ontem, e há uma muito boa chance dessa horrível e sangrenta guerra possa finalmente chegar a um fim – MAS, NESTE EXATO MOMENTO, MILHARES DE TROPAS UCRANIANAS ESTÃO COMPLETAMENTE CERCADAS PELO EXÉRCITO RUSSO, EM UMA POSIÇÃO MUITO RUIM E VULUNEÁRIVEL. Solicitei fortemente ao Presidente Putin que poupasse suas vidas. Isso seria um massacre horrível, algo não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Que Deus os abençoe”, escreveu Trump.
Na prática, porém, Putin mostra que não tem nenhuma pressa em parar com sua ofensiva para reconquistar a região russa de Kursk ou seguir com a invasão no leste da Ucrânia.
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