2024 bateu recorde de acidentes aéreos no Brasil, veja lista
O ano de 2024 foi o mais trágico em uma década para acidentes aéreos no Brasil. Um número recorde de incidentes levantou questões sobre segurança aérea e investigações em andamento.

O ano de 2024 foi marcado por um número expressivo de acidentes aéreos no Brasil, totalizando 175 ocorrências, conforme dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), da Força Aérea Brasileira (FAB). Este número recorde estabeleceu 2024 como o ano mais trágico da última década em relação a esse tipo de incidente.
Além de ser um ano com o maior número de acidentes, 2024 também registrou 153 mortes decorrentes dessas ocorrências. Dois dos incidentes mais graves, que concentraram a maioria das vítimas fatais, ocorreram em Vinhedo, São Paulo, e Gramado, Rio Grande do Sul.
Principais ocorrências: o impacto dos acidentes de 2024
O acidente com o voo 2283 da Voepass em Vinhedo foi um dos mais devastadores. A aeronave, que transportava 62 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes, caiu em 9 de agosto. Não houve sobreviventes. O relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou a presença de gelo na parte externa da aeronave como um fator relevante.
Outro acidente de destaque ocorreu em Gramado, resultando na morte de dez pessoas após a aeronave se chocar contra uma chaminé e uma residência antes de atingir uma loja. Os destroços também afetaram uma pousada próxima, intensificando o impacto da tragédia na região.
Como o Brasil está investigando esses acidentes aéreos?
A FAB, através do Cenipa, desempenha um papel crucial na investigação dessas ocorrências, buscando identificar as causas e evitar ocorrências futuras. O Cenipa está encarregado de analisar detalhadamente cada acidente, considerando fatores humanos, mecânicos e ambientais.
Essas investigações são complexas e exigem apuração minuciosa para garantir a segurança aérea. Os dados coletados não apenas elucidam as causas dos acidentes, mas também ajudam a desenvolver novas regulamentações e práticas para aprimorar o setor.
Histórico de acidentes aéreos na década: um comparativo
Ao compararmos 2024 com anos anteriores, destaca-se um aumento preocupante no número de acidentes. Em 2015, foram registrados 172 acidentes, enquanto em 2018, ocorreram 167. Nos anos subsequentes, esse número manteve-se em tendência decrescente, até alcançar 138 em 2022. No entanto, 2024 quebrou essa sequência, chamando atenção para a necessidade de medidas eficazes de prevenção.
- 2015: 172 acidentes (79 mortes)
- 2018: 167 acidentes (81 mortes)
- 2016: 164 acidentes (104 mortes)
- 2023: 155 acidentes (77 mortes)
- 2019: 151 acidentes (66 mortes)
- 2020: 150 acidentes (55 mortes)
- 2017: 146 acidentes (54 mortes)
- 2021: 141 acidentes (60 mortes)
- 2022: 138 acidentes (49 mortes)
Desafios e oportunidades para a segurança aérea
A segurança aérea no Brasil enfrenta diversos desafios, dentre eles a necessidade de modernização de aeronaves, capacitação contínua de tripulações e atualização das infraestruturas dos aeroportos. Enquanto o Cenipa direciona seus esforços para identificar e corrigir falhas, empresas aéreas e autoridades governamentais trabalham para implementar medidas que possam reduzir o risco de novos acidentes.
Com a segurança como prioridade, espera-se que os aprendizados adquiridos com os tragédias de 2024 tragam avanços significativos para o setor aéreo nacional e, consequentemente, para a segurança dos passageiros.
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