Câmara dos EUA aprova lei que proíbe homens biológicos em esportes femininos
"Os americanos estão unidos em acreditar que homens não devem competir em esportes femininos, comprometendo recordes, bolsas de estudo e segurança das mulheres", declarou o deputado Greg Steube, da Flórida
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou projeto de lei que impede homens biológicos de competirem em esportes femininos. A medida foi aprovada com 218 votos a favor e 206 contra, marcando uma vitória da maioria republicana.
Nenhum parlamentar republicano votou contra, enquanto dois democratas texanos, Henry Cuellar e Vicente Gonzalez, se posicionaram favoravelmente, contrariando a posição de seus colegas.
Batizada de “Lei de Proteção de Mulheres e Meninas no Esporte de 2025”, a proposta foi apresentada pelo republicano Greg Steube, da Flórida. O texto estabelece que instituições educacionais que permitirem a participação de homens em competições femininas perderão financiamento federal.
A base legal para a mudança é o Título IX de 1972, que combate a discriminação por sexo no âmbito educacional. O projeto redefine “sexo” como biologia reprodutiva no nascimento.
O embate ocorre em meio à disputa política sobre direitos de gênero nos EUA. O governo Biden ampliou o entendimento do Título IX para incluir discriminação com base em identidade de gênero, enfrentando processos de estados que alegam inconstitucionalidade e excessos de autoridade. Recentemente, uma corte federal reverteu a decisão do governo de reinterpretar a lei, reforçando o argumento de que a regra violaria a Constituição.
Steube celebrou a aprovação na Câmara, afirmando que proteger os esportes femininos é um compromisso com a equidade e a justiça. “Os americanos estão unidos em acreditar que homens não devem competir em esportes femininos, comprometendo recordes, bolsas de estudo e segurança das mulheres”, declarou.
O texto agora será avaliado pelo Senado, onde os republicanos têm maioria estreita de 53 a 47. Para avançar, a medida precisará de 60 votos, superando possíveis manobras de obstrução da oposição democrata.
Grupos conservadores, como a Alliance Defending Freedom, aplaudiram a decisão, afirmando que a lei protege o espaço competitivo das mulheres. Já organizações como a Human Rights Campaign criticaram duramente o projeto, alegando que ele encoraja discriminação, assédio e invasões de privacidade, colocando jovens em situações constrangedoras.
No Brasil, “injustiça, exclusão e riscos à segurança física de mulheres e meninas”
A MATRIA, uma associação brasileira que defende os direitos das mulheres, tem se posicionado de forma contrária à inclusão de atletas trans nos esportes femininos.
Em seu relatório intitulado “Como a ‘Inclusão’ nos Esportes está Prejudicando Mulheres e Meninas”, traduzido da organização britânica Fair Play For Women, a MATRIA aponta os impactos negativos dessa política.
Segundo a organização, a inclusão de transgêneros leva à “injustiça, exclusão e riscos à segurança física de mulheres e meninas”. O documento descreve seis áreas principais de danos, incluindo a perda de privacidade em vestiários e a desmoralização causada pela competição desigual.
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