Cada vez mais empresas desativam programas baseados em crenças woke
O pêndulo já balançou para o outro lado lá fora, e por aqui também começamos a ver sinais de mudança
O jogo está virando. Lá fora, o pêndulo começou a voltar com força, enquanto aqui no Brasil ele ainda balança devagar, tropeçando na nossa conhecida falta de urgência. Nos Estados Unidos, o “woke” já colapsou por duas razões simples: dá prejuízo e as pessoas por lá valorizam a liberdade de expressão.
Por aqui parece que ninguém fez essa conta ainda, talvez porque contas nunca foram o forte do brasileiro. Defendo que a matemática e o antidoping salvarão o Brasil.
Nos EUA, o capitalismo não perdoa. Quando as empresas perceberam que programas woke estavam afundando lucros, a mudança foi inevitável. Ali, o valor da liberdade de expressão também ajuda: mesmo que você não goste do que alguém diz, defender o direito de falar é básico. Já no Brasil, a liberdade funciona assim: “Vale para quem eu gosto, mas se eu puder calar quem me incomoda, melhor ainda.” Com uma mentalidade dessas, claro que demoramos mais para perceber a falência dessa moda.
E que falência gloriosa! Empresas americanas, finalmente cansadas de abraçar esse combo de autoritarismo e incompetência, estão pulando fora. Só quem não viu isso chegando foram os desavisados que ainda compravam a ideia de que pautas woke eram a fórmula mágica do sucesso corporativo.
Eu já avisava há anos, em palestras e mentorias: “Não invista nisso, é cilada!” Mas, como sempre, o método de rotular quem aponta problemas prevaleceu: “Ah, criticou? Deve ser extrema direita.” Porque, convenhamos, para essa galera tudo é extrema direita, desde não gostar de funk até rezar uma Ave Maria.
A lista de empresas que abandonaram as políticas woke só cresce. Este ano, foi a vez do McDonald’s perceber que o caminho não levava a bons resultados. No ano passado, outros gigantes já haviam largado a cartilha ideológica, como American Airlines, Boeing, Jack Daniel’s, Harley-Davidson, Walmart, Toyota, Nissan e John Deere. Cada uma dessas empresas notou no bolso que o custo de abraçar a moda woke superava – e muito – qualquer benefício que ela pudesse trazer.
A verdade é que o movimento woke alcançou o ponto de exaustão. Não bastava ser autoritário, também precisava ser ineficiente. E eficiência faz diferença. Quer um exemplo? O capitalismo chinês é autoritário, mas gera prosperidade. Por isso faz um sucesso danado apesar de todos os problemas de violação de liberdades.
Já o woke conseguiu a façanha de aliar autoritarismo com incompetência no seu estado mais puro. Afinal, há algo mais inútil do que um adulto falando “todes”? Isso foi levado para dentro das empresas, e o resultado foi previsível: prejuízo.
Nos Estados Unidos, a reação já começou. Empresas estão deixando de exigir que fornecedores sigam políticas de diversidade sem sentido e, veja só, começaram a escolher produtos e serviços pelo que entregam. Revolucionário, não?
Mas, no Brasil, o show ainda está no início. Por aqui, editais culturais e instituições públicas continuam mergulhados nessa cartilha ideológica. O Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo, deixou de lado a avaliação por mérito musical nas audições e agora considera cor, gênero e orientação sexual como critérios de seleção. Avaliar um músico sem saber quem é, só pela música, sempre foi o critério pelo qual os profissionais da área brigavam. Agora, dane-se a música, vamos de lacração. E olha que o Boulos perdeu a prefeitura.
Mas há esperança. O pêndulo já balançou para o outro lado lá fora, e por aqui também começamos a ver sinais de mudança. Muita gente repetiu essa ladainha para fazer sucesso, ainda que temporário. Mais gente ainda calou diante dessa pantomima autoritária com medo de perder o emprego ou ter a reputação assassinada. Chegou a hora de mostrar à maioria silenciosa que o jogo virou. É hora de unir forças contra o autoritarismo woke.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)