O pagamento por aproximação, também conhecido como NFC (Near Field Communication), utiliza tecnologia sem contato para permitir transações rápidas e convenientes. Esse método se popularizou no Brasil pela praticidade que oferece ao usuário, dispensando a necessidade de inserir o cartão na máquina ou digitar uma senha para compras de baixo valor.

Geralmente, é usado com cartões de crédito ou débito habilitados, smartphones e smartwatches que possuem essa função. No entanto, apesar de facilitar a rotina dos consumidores, o pagamento por aproximação requer atenção devido ao aumento dos casos de fraude.

Como funciona a tecnologia NFC?

A tecnologia NFC facilita a comunicação entre dois dispositivos próximos, geralmente até 4 cm de distância. Quando um cartão ou dispositivo é aproximado de um terminal de pagamento compatível, uma conexão criptografada é estabelecida para transferir os dados necessários à transação. Esse processo torna a operação rápida e geralmente segura.

No entanto, a simplicidade do NFC também é seu ponto vulnerável. Golpistas podem se aproveitar dessa proximidade para, por meio de equipamentos especiais, acessar dados dos cartões sem que os usuários percebam.

Quais são as principais ameaças?

Entre as principais ameaças associadas aos pagamentos por aproximação estão a utilização de dispositivos de skimming, que capturam informações do cartão de forma discreta, e a técnica conhecida como man-in-the-middle. Nesta última, criminosos interceptam e modificam os dados durante a transmissão entre o cartão e a máquina leitora.

A clonagem de cartões também é uma prática preocupante. A partir de dados obtidos de forma fraudulenta, golpistas conseguem replicar cartões e realizar transações em nome do titular legítimo.

Como se proteger contra fraudes?

Embora os riscos existam, é possível adotar medidas para aumentar a segurança ao usar pagamentos por aproximação. Entre as orientações estão:

• Levar o cartão próximo ao leitor apenas no momento da transação: A recomendação é garantir que o cartão ou dispositivo esteja dentro do alcance somente quando o pagamento for realmente necessário.
• Desabilitar a função, se necessário: Muitos cartões vêm com a função de aproximação habilitada. Caso não se sinta seguro, é possível solicitar ao banco a desativação desse recurso.
• Reduzir o limite para transações sem senha: Consultar o banco sobre a possibilidade de ajustar o valor máximo permitido para compras sem senha pode evitar prejuízos em caso de fraude.
• Ativar notificações em tempo real: Sistemas de alerta imediatos para cada transação detectada podem ajudar a identificar rapidamente qualquer atividade suspeita.

O que fazer em caso de problemas?

Se uma transação suspeita ocorrer, o primeiro passo é entrar em contato com o banco para relatar o incidente. Casos não resolvidos podem ser encaminhados para o Banco Central e os Procons, que têm ferramentas para ajudar o consumidor nesses casos.

É essencial manter-se informado sobre seus direitos e exigir soluções que minimizem riscos e prejuízos associados a golpes em pagamentos por aproximação.