Postura governista sobre Venezuela: “coloca o Brasil do lado errado da história”, dizem deputados
Parlamentares criticam silêncio de Lula e afirmam que Maduro "quer um país unificado pelo medo"
O sequestro de María Corina Machado, a figura mais relevante da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, gerou um alerta internacional sobre o aprofundamento da repressão autoritária do regime.
No Brasil, membros da oposição criticaram o silêncio do presidente Lula sobre as ações da ditadura venezuelana.
“O regime de Maduro prova, mais uma vez, que não aceita críticas nem disputas legítimas. Lula deveria se posicionar contra essa tirania e mostrar que o Brasil não compactua com governos que perseguem opositores. A ausência de oposição não é democracia; é submissão à ditadura”, afirmou o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS).
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), a falta de condenação é um sinal preocupante: “Sem oposição, não há democracia. Um governo que prende quem discorda dele elimina a transparência e o diálogo. O Brasil deveria liderar na defesa das liberdades, mas o alinhamento ideológico do presidente Lula o impede de criticar as atrocidades do regime venezuelano.”
O deputado Sanderson (PL-RS) criticou: “Não há democracia sem diversidade de ideias e respeito à oposição. Maduro quer um país unificado pelo medo, e o silêncio de Lula diante desse autoritarismo coloca o Brasil do lado errado da história. Precisamos lembrar que a liberdade política é um pilar essencial de qualquer nação livre”.
Forçada a gravar vídeos
A equipe de campanha de María Corina Machado, Comando Con Venezuela, afirmou que a líder da oposição foi obrigada a gravar vários vídeos, antes de ter sido libertada pelas forças de segurança do regime chavista:
“Hoje, dia 9 de janeiro, saindo da concentração de Chacao, Caracas, María Corina Machado foi interceptada e derrubada da motocicleta que dirigia. Armas de fogo detonadas no evento. Eles a levaram embora à força. Durante o período do sequestro, ela foi obrigada a gravar vários vídeos e posteriormente foi libertada.”, publicou no X.
Segundo o grupo, María Corina “se dirigirá ao país para explicar os fatos” nas próximas horas.
Nas redes sociais, um veículo da ditadura de Maduro publicou um vídeo no qual a oposicionista dizia “estar bem”.
Na tarde desta quinta-feira, 9, a equipe denunciou que María Corina foi derrubada de uma moto ao sair de uma manifestação do bairro de Chacao, em Caracas, e levada presa à força.
Leia mais: “Não brinquem com fogo”, diz González após sequestro de María Corina”
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Comentários (1)
Clayton De Souza pontes
09.01.2025 20:05O Lula deve algo ao Maduro , motivo pelo qual está omisso para esse golpe eleitoral. Defende a democracia só no papo