Nem apoiadores do governo acreditam no teatro do 8 de janeiro, avalia deputado
Parlamentares avaliam que baixa adesão ao evento de Lula reflete distanciamento entre o governo e sociedade
A tensão entre membros do Congresso Nacional na relação com o governo Lula parece ter escalonado após o evento alusivo ao 8 de janeiro de 2023, que ocorreu na última quarta-feira, 09.
De acordo com membros da oposição, a baixa adesão de parlamentares ao evento reflete a insatisfação de parlamentares com a politização dos ataques aos prédios da Esplanada dos Ministérios.
“Nem a militância comprou mais essa tentativa do governo de explorar o 8 de janeiro como ferramenta de perseguição política”, disse o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS).
E acrescentou:“Fizeram de tudo para inflar um ato que acabou vazio, assim como as promessas de campanha de Lula. O Brasil precisa virar a página e isso só virá com a anistia. Infelizmente, Lula insiste em tentar remoer esse episódio para desviar a atenção de sua incapacidade de governar”.
Reação da oposição
Outros parlamentares seguem criticando a iniciativa do governo sobre o ato “em defesa da democracia”. A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que “Lula transformou os atos de 8 de janeiro em sua principal pauta, enquanto os problemas reais do Brasil são deixados de lado. E o povo deu a resposta: não se mobiliza para discursos repetidos e sem conexão com a realidade. Quem precisa de um governo que só olha para trás?”.
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), a baixa presença de público no evento é um indicativo claro de que a estratégia do governo está enfraquecida.
“Se nem os próprios apoiadores do governo acreditam mais nesse teatro, por que o restante do Brasil deveria? A verdade é que o povo quer soluções, não espetáculos. E o governo Lula falha miseravelmente em oferecer ambas”.
Já o deputado Sanderson (PL-RS) destacou que a baixa adesão simboliza o distanciamento entre o governo e os problemas do brasileiro.
“Os brasileiros estão preocupados em pagar as contas e enfrentar o caos nas ruas, enquanto o governo segue em sua bolha ideológica. O esvaziamento do evento é um reflexo claro de um país cansado de ineficiência e de discursos vazios. Precisamos virar essa página da história e isso só acontecerá após aprovarmos a anistia”, concluiu.
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