O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou nesta segunda-feira, 6, que tenha recebido do Hamas qualquer informação sobre a situação dos reféns mantidos em Gaza e que aparecem em uma lista enviada pelo grupo terrorista à imprensa internacional.

“A lista de reféns que foi publicada na mídia não foi fornecida a Israel pelo Hamas, mas foi originalmente dada por Israel aos mediadores em julho de 2024.

Até o momento, Israel não recebeu nenhuma confirmação ou comentário do Hamas sobre a situação dos reféns que aparecem na lista.

Israel continuará agindo implacavelmente pelo retorno de todos os nossos reféns.”

A lista encaminhada por Israel aos negociados em 27 de julho incluía Qaid Farhan Alkadi, resgatado em agosto, e outros quatro reféns –Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Carmel Gat e Almog Sarusi– assassinados pelo Hamas no final de agosto.

“Eles não disseram quem está vivo e quem não está. Eles não enviaram nenhuma lista. Então, até onde estamos, não há nenhum progresso”, afirmou o gabinete ao portal Times of Israel.

Famílias pedem acordo pela liberação dos reféns

Enquanto Israel aguarda confirmações sobre a situação dos reféns para avançar nas negociações de cessar-fogo, retomadas no final de semana no Catar, os familiares dos israelenses mantidos em Gaza voltaram a pressionar por um acordo que viabilize o retorno deles para casa.

“Esta é uma encruzilhada. Entenda que há um objetivo aqui, um objetivo judaico, israelense e internacional para trazê-los todos de volta e aproveitar esta oportunidade. Caso contrário, todos os reféns restantes se tornarão Ron Arad e Hadar Goldin”, referindo-se ao seu irmão e Arad, um piloto da IDF ainda desaparecido que foi levado cativo na Síria em 1986”, disse Ayelet Goldin, irmã de Hadar Goldin, soldado morto em Gaza em 2014 cujo corpo nunca foi devolvido.

Yaron Or, cujo filho Avinatan Or foi sequestrado por terroristas em 7 de outubro de 2023, acrescentou:

“Não haverá outro acordo. Ou todos eles saem agora, ou o Hamas vai brincar conosco por anos, como brincaram com Hadar Goldin e outros reféns.”

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