Haddad sobre alta do dólar: “Processo de acomodação natural”
"Não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil" para responder à alta do dólar, acrescentou o ministro de Lula
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou um novo discurso para justificar a recente alta do dólar. Em uma declaração feita a jornalistas nesta segunda-feira, 6, ele afirmou que o cenário econômico mundial passou por um “estresse”, que também afetou a economia brasileira. Segundo o ministro, é “natural que as coisas se acomodem” após esse tipo de distúrbio.
Haddad classificou o atual momento como um processo de “acomodação natural” da economia.
O dólar começou a primeira sessão de 2025 em alta, chegando a 6,22 reais a máxima, já no segundo dia do ano.
“A questão do dólar, só para você entender, tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo, e tivemos aqui um estresse também, no Brasil. Hoje mesmo, o presidente eleito dos Estados Unidos fez declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem”, respondeu o ministro de Lula após questionamento sobre o tema.
Política cambial e aumento de impostos
Haddad reconheceu que não há, no momento, qualquer discussão sobre uma possível mudança na política cambial do país. Ele também descartou a ideia de que esteja em andamento um debate sobre o aumento de impostos como medida para conter as flutuações do mercado.
“Não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil, nem de aumentar imposto com esse objetivo. Nós estamos recompondo a base cambial no estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas para o Congresso Nacional”.
Galípolo em cena
Como mostramos, a expectativa é que a baixa liquidez do período de festas e o forte fluxo de saída de dólares no mercado à vista possam motivas novas intervenções do Banco Central, agora sob a presidência de Gabriel Galípolo.
Reunião com Lula
O ministro, que se pronunciou após deixar uma reunião com o presidente Lula, destacou que a prioridade da agenda do Executivo, no início desse ano, é a aprovação do orçamento, que foi prejudicada pelo acúmulo de votações ao final de 2024.
“Não falamos sobre corte de gastos. Falamos do planejamento do ano e da questão do orçamento que ainda precisa ser votado. O presidente vai, primeiro, aguardar a eleição das mesas. Essas coisas têm que avançar um pouco mais. A prioridade é votar o Orçamento”, destacou.
O ministro afirmou também que o atraso na votação do orçamento não impactou os primeiros dias de trabalho do governo, já que a execução orçamentária, nos primeiros dias, é mais lenta.
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Comentários (1)
LuÃs Silviano Marka
06.01.2025 14:00Verdadeiro bando de filhos das respectivas ptuas. Se no tempo do Bolsonaro o ministro dissesse uma barbaridade dessas, toda a imprensa ia cair de pau em cima. Canalhas, hipócritas, incompetentes, imbecis.