MORO: DOAÇÕES VULTOSAS GERAM DÚVIDAS
No despacho que autorizou a Operação Alethéa, o ápice da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro revela que determinou a quebra do sigilo fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda. ainda em dezembro de 2015...
No despacho que autorizou a Operação Alethéa, o ápice da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro revela que determinou a quebra do sigilo fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda. ainda em dezembro de 2015.
Segundo ele, a quebra revelou que o Instituto Lula recebeu doações de cerca de R$ 34.940.522,15 entre 2011 e 2014, sendo que R$ 20.740.000,00 foram provenientes das empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, todas envolvidas no esquema criminoso da Petrobrás.
Já a LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda. recebeu pagamentos de cerca de R$ 21.080.216,67 entre 2011 e 2014, sendo que R$ 9.920.898,56 foram provenientes das empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, UTC e Queiroz Galvão.
Diz Moro: “Não se pode concluir pela ilicitude dessas transferências, mas é forçoso reconhecer que tratam-se de valores vultosos para doações e palestras, o que, no contexto do esquema criminoso da Petrobrás, gera dúvidas sobre a generosidade das aludidas empresas e autoriza pelo menos o aprofundamento das investigações.”
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