O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse ter “perfil bom“ para concorrer ao Senado Federal em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 18, no Palácio Laranjeiras.

Castro admitiu ter repensado o que disse há dois meses, que não disputaria nenhum cargo nas próximas eleições, ao comentar sua articulação no Senado para a aprovação do Propag:

“Quando eu faço o que fiz essa semana no Senado, todo mundo fala: “você tem perfil bom para estar ali”. Mas estar pensando 100% na cadeira [de governador] é fundamental até que a gente esteja mais organizado, ainda que eu saiba que sou alguém de perfil para outros voos“, afirmou.

Para concorrer a qualquer cargo em 2026, Castro deve renunciar à cadeira de governador até abril daquele ano. Assumiria o posto de governador do Rio o vice Thiago Pampolha (MDB) com quem colecionou atritos este ano.

Castro e Pampolha entraram em colisão quando o vice-governador se desfiliou do União Brasil, partido do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Barcellar. O governador retaliou e demitiu Pampolha do posto de secretário estadual do Meio Ambiente, que comandava ao mesmo tempo com o de vice.

Os dois, contudo, parecem ter se entendido:

“Foi um ano realmente difícil na política, a questão do meu afastamento com o vice-governador, que está se aproximando de novo“, disse Castro.

Refinanciamento de dívida

Em votação unânime, o Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 17, o projeto de lei que renegocia a dívida dos estados com a União pelos próximos 30 anos.

Foram 72 votos a favor e nenhum contrário.

A criação do Propag, Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados, concede uma condição mais favorável aos estados superendividados.

Na lista, os estados do Rio de Janeiro, de Castro, aparece como um dos mais endividados com a União.

O governador esteve presente ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), acompanhando a votação.

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