“Quem vencer a batalha por Homs governará a Síria”
Rami Abdel-Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou à imprensa que "quem vencer a batalha por Homs terá nas mãos o futuro da Síria"
No cenário turbulento da guerra civil síria, a cidade de Homs desponta como o próximo alvo estratégico das forças rebeldes.
Após a captura das cidades de Aleppo e Hama, o grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), avançou em direção à cidade de Homs, uma movimentação que pode representar um golpe significativo ao regime do presidente Bashar al-Assad.
De acordo com informações divulgadas pela Observatório Sírio para os Direitos Humanos, as forças terroristas rebeldes já penetraram nas cidades de Rastan e Talbisseh, situadas entre Hama e Homs, estando agora a apenas cinco quilômetros dos subúrbios da cidade. O órgão também relata uma notável ausência de tropas governamentais nessas localidades.
Com o intuito de conter o avanço rebelde, as forças de Assad construíram barricadas ao longo da rodovia ao norte de Homs. Contudo, a eficácia dessa estratégia é questionável, uma vez que os insurgentes já declararam sua intenção de capturar Homs em seguida.
Tabuleiro geopolítico sírio
Homs, considerada a terceira maior cidade do país e localizada a cerca de trinta minutos da fronteira com o Líbano, é vista como uma peça chave no tabuleiro geopolítico sírio.
Segundo o Instituto para Estudos da Guerra dos Estados Unidos, o controle sobre Homs é vital para manter a rota de suprimentos do Irã à milícia Hezbollah no Líbano, uma vez que oferece acesso a importantes passagens fronteiriças.
Rami Abdel-Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou à imprensa que “quem vencer a batalha por Homs terá nas mãos o futuro da Síria”. Um triunfo rebelde poderia isolar Damasco dos portos mediterrâneos do país, onde se localizam diversas fortalezas do regime Assad.
Irã defenderá Assad
O Irã manifestou seu compromisso em fornecer mais apoio militar ao regime sírio na forma de mísseis e drones adicionais. Autoridades iranianas destacaram que consultores militares serão enviados para fortalecer as defesas de Assad contra as ofensivas rebeldes.
Enquanto isso, Israel observa atentamente os desdobramentos no território sírio vizinho. A rápida progressão dos insurgentes levantou preocupações sobre um possível colapso das linhas de defesa do exército sírio. Em preparação para esse cenário, o exército israelense afirma estar pronto para agir tanto ofensiva quanto defensivamente.
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