Macron critica “frente anti-republicana” após queda do governo
O presidente francês ainda acusou seus adversários políticos de agirem com cinismo e promoverem o caos, buscando antecipar as eleições presidenciais
Após a queda do primeiro-ministro, Michel Barnier, devido a uma moção de censura, Emmanuel Macron, presidente da França, falou ao público na noite de quinta-feira, 5 de dezembro, expressando sua insatisfação e criticando desde eleitores até partidos políticos e parlamentares.
A atual situação de impasse político é consequência da dissolução do Parlamento, decidida pelo próprio presidente no dia 9 de junho.
Macron reconheceu que sua decisão foi mal compreendida pela população, assumindo essa responsabilidade. Contudo, ele rapidamente transferiu parte do ônus aos cidadãos e políticos, afirmando que o resultado das eleições legislativas levou a uma Assembleia Nacional sem maioria clara, algo que ele descreveu como sem precedentes.
“Frente anti-republicana”
Durante seu discurso, o presidente francês introduziu a expressão “frente anti-republicana”, referindo-se à aliança entre extrema esquerda e extrema direita, que teria sido facilitada por partidos tradicionais como o Partido Socialista e os Verdes.
Segundo ele, essa união desestabilizadora comprometeu o orçamento e o governo a poucos dias das festas de fim de ano.
Macron não hesitou em criticar diretamente Marine Le Pen e seus deputados do Rassemblement National (RN) por apoiarem a moção de censura, alegando que tal ação contradizia suas próprias propostas e insultava seus eleitores. Para ele, esse comportamento visava apenas fomentar a desordem em conjunto com a extrema esquerda.
O presidente francês ainda acusou seus adversários políticos de agirem com cinismo e promoverem o caos, buscando antecipar as eleições presidenciais.
Macron fica
Apesar da crítica feroz, Macron finalizou seu pronunciamento com uma nota positiva ao destacar a reabertura da catedral de Notre-Dame, comprometendo-se a permanecer no cargo até o fim de seu mandato, que ainda durará trinta meses.
Macron anunciou que um novo governo será formado em breve com foco no “interesse geral”, enfatizando a necessidade de compromissos claros e rejeitando aumentos de impostos ou afrouxamento na luta contra o narcotráfico.
Essa mensagem sublinha seu retorno ativo à arena política nacional após um período de distanciamento, indicando que pretende conduzir pessoalmente as ações políticas nos próximos meses.
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