Moraes autoriza transferência de presos na Operação Contragolpe
Mário Fernandes e Rodrigo Bezerra deixarão o 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, e ficarão detidos no Comando Militar do Planalto, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira, 2, a transferência do general da reserva Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra, ambos detidos na Operação Contragolpe, para o Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Acusados de planejarem um golpe de Estado e de tramarem os assassinatos do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além do próprio Moraes, eles estavam presos preventivamente no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro.
“Autorizo a transferência do militar investigado para instalações do Comando Militar do Planalto para cumprimento da prisão preventiva determinada nestes autos, observadas as Normas Administrativas para Prisão Especial (NAPE), que têm por finalidade regular os procedimentos adotados em caso de prisão especial de militares que se encontram à disposição das Justiças Militar ou Comum”, diz a decisão.
Moraes também autorizou que Mário Fernandes e Rodrigo Bezerra possam receber visitas de familiares.
“Punhal Verde e Amarelo”
No relatório de baseou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 por suposta tentativa de golpe de Estado, havia um planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022.
“A análise da dinâmica dos fatos evidenciou que o planejamento se iniciou no início do mês de novembro de 2022, após a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Nesse sentido, o plano das ações clandestinas foi apresentado pelos denominados kids pretos na reunião realizada no dia 12 de novembro de 2022, na residência do general Braga Netto. A partir da aprovação pela organização criminosa, os militares começaram a implementar a logística necessária para a execução das ações.
As operações de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes começaram a ser implementadas a partir do dia 21/11/2022, culminando com a execução da ação clandestina denominada ‘Copa 2022’, realizada no dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender ou matar o ministro Alexandre de Moraes.”
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