Crusoé: ONU é marginalizada na solução para o Líbano
Estados Unidos vão comandar comitê de cinco membros, que ficará encarregado de impedir retorno do Hezbollah ao sul do Líbano
O anúncio de um cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o grupo terrorista libanês Hezbollah tem uma grande novidade: a ONU ficou em segundo plano na busca de uma solução.
A marginalização da ONU no Líbano abre a possibilidade de que uma solução parecida seja encontrada na Faixa de Gaza.
No acordo que entrou em vigor nesta quarta, 27, a retirada dos terroristas do Hezbollah do sul do Líbano e o deslocamento de 5 mil soldados do Exército libanês para a região serão monitorados por um comitê formado por cinco membros, comandados pelos Estados Unidos.
Os cinco membros são os Estados Unidos, a França (que já exerceu um mandato na região), o Líbano, Israel e a Unifil — a força multinacional temporária da ONU criada em 1978 e da qual o Brasil faz parte, não terá um papel.
Israel ainda manterá o direito de atacar alvos no sul do Líbano caso veja “ameaças imediatas“.
Sai da frente, ONU
O novo desenho coloca Estados Unidos e França acima da Unifil.
O objetivo é fazer agora aquilo que a Unifil foi incapaz de realizar no passado.
Em 2006, a ONU aprovou a Resolução 1701, para acabar com a Segunda Guerra do Líbano e permitir a retirada das forças israelenses do país.
O documento estabelecia que o Hezbollah deveria sair da região entre o rio Litani e a fronteira com Israel.
O vácuo seria preenchido pelas Forças Armadas do Estado libanês e das forças de paz da Unifil.
Foi uma decepção.
Hezbollah
Desde 2006, o Hezbollah construiu túneis, armazéns de armas e alojamentos no sul do Líbano.
A Unifil foi conivente com essa expansão dos terroristas.
As Forças Armadas do país mal conseguiram se estabelecer nesse território.
Com isso, o grupo terrorista foi capaz de…
Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)