Os Brazilian Depositary Receipts, ou BDRs, são títulos que representam ações de empresas estrangeiras, possibilitando que investidores do Brasil participem do mercado internacional sem precisar adquirir ações diretamente no exterior.

Negociados na B3, a bolsa de valores brasileira, esses recibos servem como um canal para acessar ativos internacionais a partir do ambiente regulatório brasileiro, como demonstrado pelo portal BM&CNews.

Lançados ao público geral no final de 2020, os BDRs têm se popularizado como uma forma eficaz de diversificação, permitindo que investidores explorem empresas e setores que podem não estar disponíveis no Brasil.

Operações com BDRs na Bolsa de Valores

O funcionamento dos BDRs começa com instituições depositárias, que adquirirem as ações de empresas estrangeiras e as mantêm sob sua custódia em bancos no exterior.

Essas instituições emitem BDRs que correspondem a essas ações e os listam para negociação na B3. Cada recibo vendido na bolsa local reflete o valor e as flutuações do papel original no mercado internacional.

O processo deve ser registrado e aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), garantindo a segurança e transparência das negociações no mercado nacional.

As empresas depositárias são responsáveis por fornecer as informações necessárias ao público investidor.

Tipos de BDRs disponíveis

Os BDRs patrocinados e não patrocinados são as duas categorias principais.

Os patrocinados são aqueles em que a empresa estrangeira participa junto com a instituição depositária na emissão dos recibos, enquanto os não patrocinados são emitidos sem o envolvimento direto da empresa.

• Nível I: BDRs que não exigem registro na CVM e são negociados em mercados de balcão não organizados.
• Nível II e III: Requerem registro na CVM e são negociados em pregões, com flexibilidades adicionais para ofertas públicas para o nível III.

Vantagens e riscos

Investir em BDRs oferece vantagens significativas, como a diversificação de portfólios com acesso a grandes nomes do cenário corporativo global.

Transacionar em reais reduz a complexidade associada às variações cambiais, além de não haver a necessidade de manter contas no exterior.

No entanto, os investidores devem estar atentos aos riscos.

A exposição a mercados estrangeiros introduz variabilidade cambial e a necessidade de compreender diferentes ambientes regulatórios.

A volatilidade dos mercados internacionais também pode influenciar diretamente o retorno dos investimentos em BDRs.

Começando a investir

Para começar a investir em BDRs, é essencial que o investidor analise seu perfil de risco e assegure que sua estratégia se alinha com esse tipo de investimento.

Em seguida, é necessário ter uma conta em uma corretora que facilite transações na B3 e alocar recursos para dar início aos investimentos.

Depois de configurada a conta, o investidor poderá selecionar os BDRs de seu interesse. Essa escolha pode ser guiada por análises de mercado ou relatórios especializados.

Com a decisão tomada, basta efetuar as compras e permanecer atento às tendências do mercado global que possam impactar o desempenho dos investimentos.