Bolsonaro questiona repasses do governo Lula para a Globo
"Dá pra entender a fome por democracia do único verdadeiro, fatídico e conhecido por todos, Gabinete do Ódio?", questionou o ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) questionou, em postagem no X, os repasses da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República do governo Lula.
Bolsonaro reproduziu os títulos de duas notícias, uma de 2020, sobre os repasses de seu governo para a emissora, e uma de 2022, sobre os repasses de Lula:
- “COM ÓDIO – Bolsonaro corta 60% da verba publicitária do governo à Globo. Terra (12ago202)
- COM AMOR – Sob Lula, Globo recebe mais da Secom do que em quatro anos de governo Bolsonaro. Veja (13nov24)”
Na sequência, Bolsonaro faz seu comentário:
“Dá pra entender a fome por democracia do único verdadeiro, fatídico e conhecido por todos, Gabinete do Ódio? Todo amor pela informação oriundo do aumento dos impostos de alimentos e das taxas das blusinhas incentivadas diariamente pelo ‘pai dos pobres'”.
Explicações
A revista Veja de fato registrou que a TV Globo já recebeu 177,2 milhões de reais em publicidade do governo Lula, cerca de 200 mil reais a mais do que havia recebido nos quatro anos da gestão de Bolsonaro.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou, inclusive, um requerimento Secom para solicitar mais detalhes sobre os pagamentos feitos pelo Palácio do Planalto à TV Globo.
O que Bolsonaro não disse em sua postagem desta segunda-feira, 18, é que seu governo quase dobrou o gasto com publicidade na Globo no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com a aproximação das eleições.
Comparação
De 1º de janeiro a 21 de junho de 2022, a gestão Bolsonaro investiu R$ 11,4 milhões em publicidade na emissora carioca. Isso equivale a um aumento de 75%, em comparação aos R$ 6,5 milhões gastos no mesmo período no ano anterior.
No primeiro semestre de 2021, foram inseridas na Globo 46 campanhas de utilidade pública e apenas dez publicidades institucionais do governo federal. Em 2022, foram apenas duas as campanhas de utilidade pública, ante 72 publicidades institucionais.
O Antagonista, com seu jornalismo independente e vigilante, não aceita verba de publicidade federal de qualquer governo.
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