Israel elimina chefe de mídia do Hezbollah
Ataque foi realizado no bairro de Ras al-Naba'a, na parte central da capital libanesa, e não no reduto do Hezbollah, nos subúrbios ao sul
Um ataque israelense a um prédio na região central de Beirute, no Líbano, matou o chefe de relações com a mídia do Hezbollah, Mohammed Afif (foto), segundo duas fontes de segurança libanesas ouvidas pela Reuters.
O ataque foi realizado no bairro de Ras al-Naba’a, na parte central da capital libanesa, e não no reduto do Hezbollah, nos subúrbios ao sul.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) não emitiram nenhum aviso de evacuação antes do ataque considerado incomum.
Em outubro, após ataque israelense em Beirute, Afif apareceu publicamente em meio aos escombros de um prédio destruído e fez ameaças a Israel, dizendo que “viram muito pouco” e que a “nossa prioridade absoluta é derrotar o inimigo e forçá-lo a parar a agressão”.
“A batalha com Israel ainda está no começo”, disse o porta-voz Mohammad Afif, após ataque israelense, em 11 de outubro.
Antes de realizar ataques em Beirute, o exército israelense costuma emitir avisos por meio de um porta-voz militar, orientando os moradores da região a ser atingida a evacuarem e se afastarem pelo menos 500 metros.
O novo líder do Hezbollah
Em 29 de outubro, o Hezbollah anunciou que o xeique Naim Qassem assumiu oficialmente o cargo de secretário-geral da organização, após a morte do ex-líder Hassan Nasrallah em um ataque israelense no final de setembro, em Beirute.
Aos 71 anos, Qassem ocupava desde 1991 o posto de vice-líder e era uma das figuras mais influentes do Hezbollah, onde desempenhou papel essencial na liderança política e religiosa.
Qassem era uma das principais vozes da organização, atuando como porta-voz e estrategista para assuntos de política regional. Durante sua trajetória, publicou obras, como Hezbollah: The Story from Within, defendendo a resistência armada e a autonomia do grupo. Em 2011, ele rejeitou uma oferta financeira bilionária para desarmar o Hezbollah, afirmando: “A resistência continuará, independentemente das consequências”.
Relatos indicam que, após a morte de Nasrallah em um bombardeio da Força de Defesa de Israel a um quartel-general do Hezbollah, Qassem deixou o Líbano e foi para o Irã em 5 de outubro, temendo ser o próximo alvo israelense.
A escolha de Qassem como líder do Hezbollah sinaliza a continuidade da linha de ação e da estrutura de liderança estabelecida por Nasrallah.
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