Dr. Geraldo sextou defendendo redução da jornada de trabalho
Vice-presidente Geraldo Alckmin segue em sua ofensiva de charme à esquerda nas redes sociais, mas ignora os problemas do debate proposto sobre a escala 6x1
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, publicou em seu perfil no X um fio para enumerar “6 motivos para discutirmos seriamente a mudança da jornada 6×1 no Brasil”.
O primeiro deles é que “estudos mostram aumento da produtividade, com a mudança”. O vice de Lula diz também que “as mulheres, que trabalham e precisam desempenhar atividades domésticas, assim como trabalhadores que não podem fazer teletrabalho, teriam mais flexibilidade”.
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Ainda segundo Dr. Geraldo, como o vice é apresentado em mais um meme (foto) de sua ofensiva de charme à esquerda desde que se tornou o principal bajulador de Lula nas redes sociais, “a liberação de tempo favorece a inovação, que, por sua vez, aumenta o crescimento do país”.
A lista segue
- “4-O trabalhador precisa não só de mais dinheiro, mas também de mais tempo para viver e consumir;
- 5-Estudos apontam melhora no sono, na saúde e nos vínculos sociais relevantes das pessoas;
- 6-Com mais tempo, trabalhadores em profissões que tendem a entrar em declínio terão tempo para se requalificar e, eventualmente, mudar de profissão;”
Por fim, Alckmin diz o seguinte: “Para quem quiser se aprofundar no tema, recomendo o livro do economista Pedro Gomes, ‘Sexta-feira é o novo sábado'”.
O que Alckmin não diz
O debate sobre redução da jornada de trabalho é feito em outros países de fato, e a diminuição da jornada realmente pode melhorar a vida do trabalhador brasileiro, mas isso dificilmente será feito por meio da imposição por lei — e iniciativas recentes nesse sentido foram rejeitadas logo na origem pela Câmara.
“Esse projeto de eliminar [a escala 6×1] e passar com que as pessoas só trabalhem quatro dias por semana é um projeto que eu acho bastante prejudicial para o trabalhador, porque, no final, vai aumentar o custo do trabalho e a informalidade, e vai diminuir a produtividade“, analisou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entre outros economistas que comentaram o assunto.
Se a ideia é melhorar a vida do trabalhador, é preciso debater as condições para que a escala limite de seis dias trabalhados para um folgado possa diminuir, como, por exemplo, a conduta fiscal responsável do governo federal.
Enquanto a esquerda brasileira ilude os trabalhadores do país com propostas mágicas, contudo, o governo Lula segue enrolando para cumprir sua promessa de apresentar um pacote de corte de gastos que faça frente ao arcabouço fiscal apresentado em 2023.
E haja Dr. Geraldo para distrair a população.
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