Marinho chama PEC do fim do 6×1 de ‘falso dilema’ e ‘factoide’
Para o líder da oposição, qualquer discussão sobre redução da jornada de trabalho deveria ser um tema a ser tratado entre funcionários e empresários
O líder da oposição ao governo Lula no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), classificou de ‘factoide’ e ‘falso dilema’ a discussão que está sendo proposta pela deputada federal Erika Hilton (PSOL) sobre o fim da jornada de seis dias de trabalho para um de folga.
Como temos mostrado, a parlamentar tem intensificado a coleta de assinaturas e a esquerda vem usando as redes sociais para pressionar parlamentares a endossarem a medida. Até o momento, 138 deputados assinaram a PEC.
Para Marinho, qualquer discussão sobre redução da jornada de trabalho deveria ser um tema a ser tratado entre funcionários e empresários.
“Eu acho que isso é um falso dilema, um factoide”, disse Marinho sobre a proposta em entrevista à Globo News.
“Isso não significa que, para maior praticidade, determinado seguimento não possa funcionar em regime de 36 horas de trabalho. Essa é uma questão que devemos deixar de intervir”, disse Marinho.
“Precisamos deixar de intervir na relação de quem trabalha e quem produz”, concluiu.
Não é a primeira vez que um parlamentar ou grupo partidário critica politicamente a forma como a discussão está sendo posta pela esquerda.
Como mostramos, a executiva nacional do MDB classificou como ‘oportunista’ a discussão atual sobre o fim da jornada de trabalho de seis dias para um de folga. O partido lembrou que o tema foi alvo de uma comissão temática instalada ainda quando o ex-vice-presidente Michel Temer era o presidente da Câmara.
Ultima tentativa de reduzir jornada de trabalho morreu na CCJ
A última tentativa de emplacar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para reduzir a jornada de trabalho no Brasil ficou quatro anos engavetada na Câmara dos Deputados até ser enterrada de vez pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Em dezembro de 2019, o deputado Reginaldo Lopes (PT, foto), que foi líder do partido, apresentou um texto para reduzir a jornada de trabalho a, no máximo, 36 horas semanais. Pelo texto, esse novo regime iria entrar em vigor dez anos após a promulgação da Emenda Constitucional.
Leia mais: Escala 6 x 1: Viraliza argumento de economista do Novo contra PEC
Na prática, se o texto dele tivesse sido aprovado naquele ano, essa jornada máxima seria instituída apenas em 2019.
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Comentários (1)
MARCOS
13.11.2024 11:03ESTÃO BATENDO PAMAS PARA OS MALUCOS DANÇAREM.