Ditador saudita critica ação de Israel contra terroristas do Hamas
Príncipe saudita, Mohammed Bin Salman, classificou as recentes ações de Israel contra grupo terrorista como "genocídio coletivo"
O ditador da Arábia Saudita e príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, classificou as recentes ações das Forças de Defesa de Israel (FDI) contra os terroristas na Faixa de Gaza como “genocídio coletivo“, durante um encontro entre líderes de países muçulmanos e árabes na capital Riad, na segunda-feira, 11.
“O Reino renova sua condenação e rejeição categórica do genocídio cometido por Israel contra o povo palestino irmão“, disse Bin Salman.
Arábia Saudita e Israel negociaram um acordo para reatarem as relações diplomáticas, após anos de tensões, mas foram suspensas em 2023 assim que o Hamas invadiu o território israelense. O ditador Bin Salman afirmou que só reconheceria Israel, em caso da criação de um “Estado Palestino”.
No encontro desta semana, os líderes da Liga Árabe, composta por 22 países, reforçaram a condenação do ditador saudita sobre o que chamaram de “ataques contínuos” de Israel ao Hamas.
Bin Salman se esquece, porém, de que ele é acusado de diversas violações aos direitos humanos.
Em 2021, um relatório da inteligência dos Estados Unidos concluiu que o ditador saudita aprovou a operação para capturar o jornalista Jamal Khashoggi, na Turquia, a qual resultou na morte dele:
“Baseamos essa avaliação no controle do príncipe da Coroa no processo de tomada de decisão no reino, no envolvimento direto de um conselheiro chave e de membros da segurança de Muhammad bin Salman na operação, e o apoio do príncipe da Coroa ao uso de medidas violentas para silenciar dissidentes no exterior, incluindo Khashoggi.”
Khashoggi era editor-chefe do canal Al-Arab News e colunista do The New York Times, veículos em que era crítico das ações do herdeiro saudita. Ele foi visto entrando em uma embaixada em Istambul, em 2018, onde estava autoexilado. De lá, nunca mais saiu.
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