Mais petista que os petistas, como apontou Crusoé em abril, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), aproximou-se do presidente Lula (PT) a ponto de confiar a ele a definição sobre seu futuro político, publicou a Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, os planos do ministro para 2026 ainda são incertos e não há clareza se ele irá se dedicar a uma eventual campanha à reeleição de Lula ou se disputará as eleições em Minas Gerais.

Por enquanto, Alexandre Silveira está empenhado em colocar nomes de sua confiança em autarquias, como a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Silveira sabe como agradar Lula

O petista gosta do jeito combativo do ministro de Minas e Energia.

Ciente disso, Alexandre Silveira fez chegar ao chefe do Palácio do Planalto suas críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e ao ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates (PT).

Ele também ganhou pontos, diz o jornal, batendo-boca publicamente com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que foi apoiado por Jair Bolsonaro (PL) na eleição municipal, durante o apagão que afetou parte da região metropolitana da capital paulista em outubro.

Lembrado por sempre levar a carne aos churrascos de Lula no Palácio da Alvorada ou na Granja do Torto, Silveira aderiu a um dos polos de força no governo, aliando-se ao ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

Silveira é ainda um defensor da prospecção de petróleo na margem equatorial, entrando em uma disputa direta com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

Nome forte do PSD

Secretário-geral do PSD, Alexandre Silveira deve tentar manter o partido aliado a Lula em 2026.

O presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, é, no entanto, secretário e aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicados), um dos cotados para disputar o cargo.

O partido saiu fortalecido nas eleições municipais ao conquistar 887 prefeituras.

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