CCJ se consolida como alternativa para Elmar Nascimento
Acordo por entrega do comando da CCJ ao União Brasil já foi pacificado e se consolida como 'saída honrosa' para o líder do partido
A sucessão para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados se consolida como ‘saída honrosa’ para o deputado Elmar Nascimento (União-BA), que se vê sem chances de emplacar candidatura à presidência da Câmara dos Deputados em meio às equações fechadas pelo Republicanos e pelo PSD. O Antagonista apurou com aliados do atual presidente da Casa de Leis, Arthur Lira (PP-AL), que Elmar aceitou a oferta do União Brasil para dirigir o colegiado. Membros da CCJ também confirmam a movimentação para a passagem de bastão ao deputado baiano.
A disputa pragmática por espaços no comando da Casa Baixa fez com que nem mesmo o partido do deputado baiano o apoiasse na intenção de disputar a presidência da Câmara.
Governo Lula
A tese de que Nascimento comporia os quadros da Esplanada dos Ministérios tornou-se pouco provável. O Palácio do Planalto nega a intenção de oferecer cargos como contrapartida para facilitar acordos na Câmara. Outro fator que torna inviável a negociação pela ascensão do deputado ao elenco de ministros de Lula é a força do senador Davi Alcolumbre (AP), que já ‘queimou’ a cota de indicados pelo partido ao governo de Lula.
A pasta mais desejada é a da Integração Nacional, atualmente sob Waldez Góes, que mesmo pertencente ao PDT, é apadrinhado pelo presidente da CCJ no Senado.
O União Brasil já contou com três ministros no governo. Daniela do Waguinho (União-RJ) esteve à frente do Ministério do Turismo até meados de 2023, quando foi substituída por Celso Sabino (PA). Juscelino Filho (MA), por sua vez, comanda o Ministério das Comunicações. Todos os três ministros têm mandatos como deputados federais.
União Brasil no comando
Já na Câmara dos Deputados o clima é de ‘convicção’ sobre o nome de Elmar Nascimento para suceder a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que preside comissão mais importante da Casa de Leis. Já está pacificado um acordo para entregar ao União Brasil a presidência do colegiado. A preferência é, por tanto, para o líder do partido, derrotado nas prévias pela sucessão do presidente da Casa de Leis, em disputa com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Antonio Brito (PSD-BA).
Após se pronunciar na sede do União Brasil, em Brasília, sobre a influência da legenda para que ele abandone a disputa pelo comando da Câmara, o político baiano deve reunir a bancada do partido para anunciar que aceitou a oferta pelo comando da CCJ.
Após ter candidatura esvaziada pela maioria formada em torno do nome de Hugo Motta, sem o apoio de Lira, Elmar Nascimento desabafou sobre a relação com o alagoano.
“Já cheguei muito mais longe do que achava que poderia chegar. Nesse processo eu já comecei perdendo, perdi um amigo que eu considerava meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira”, disse Elmar.
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