Um voto de Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores da Argentina, a favor de Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) fez o presidente, Javier Milei, demiti-la nesta quarta-feira, 30.

Milei não aceitou o voto da chanceler a favor de uma resolução que defende o fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos sobre a ditadura cubana. Apenas os americanos e Israel votaram contra.

Minutos após a demissão, o presidente repostou a seguinte publicação:

“Orgulho de um governo que não banca (apoia) nem é cúmplice de ditadores. Viva #CubaLibre”.

Diplomatas argentinos avaliaram que o voto favorável tinha a estratégia de tentar angariar apoio diplomáticos de outros países na disputa pelas Malvinas, de acordo com o La Nación.

O governo reivindica a soberania há quase 200 anos.

Substituto alinhado com Milei

O nome escolhido para ocupar a cadeira deixada por Diana Mondino é o de Gerardo Werthein, atual embaixador nos Estados Unidos, de quem Milei é próximo.

O Gabinete do presidente reforçou o papel de oposição à ditadura cubana:

“A Argentina atravessa um período de mudanças profundas e esta nova etapa exige que o nosso corpo diplomático reflita em cada decisão os valores de liberdade, soberania e direitos individuais que caracterizam as democracias ocidentais. 

Neste sentido, o nosso país se opõe categoricamente contra a ditadura cubana e se manterá firme na promoção de uma política exterior que condene todos os regimes que perpetuam a violação dos direitos humanos e liberdades individuais“.

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