Cármem Lúcia sobre fake news nas eleições: “Será dada a resposta”
Ministra rebateu afirmações sobre suposta morosidade da Justiça Eleitoral no combate ao uso de desinformação por candidatos
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármem Lúcia, evitou comentar os casos de ‘desinformação’ registrados durante o segundo turno das eleições municipais. Mas assegurou: “Será dada a resposta juridicamente”.
Cármem Lúcia também tratou como ‘isolado’ o episódio envolvendo a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) ,em São Paulo, e a acusação de envolvimento do candidato com uma facção criminosa. A ministra não entrou em desdobramentos sobre o caso.
Durante coletiva de imprensa na sede do TSE, Cármem Lúcia foi questionada sobre suposta morosidade da Justiça Eleitoral para atuar em casos de desinformação nas eleições.
“Não posso falar sobre nada que tenha sido judicializado. Sobre um caso que aconteça quando 33 milhões de eleitores estão nas urnas com 102 candidatos e que já foi judicializado, a Justiça Eleitoral tem prazos curtíssimos e será dada a resposta. Fosse um país onde ficam meses ou semanas para dar a resposta, eu acho que até seria razoável essa ilação [de que a Justiça é morosa]”, respondeu a ministra.
Na sequência, para responder a perguntas insistentes sobre o combate ao uso de desinformações durante o pleito, a ministra insistiu que “será dada a resposta juridicamente”.
Boulos
Como mostramos, antes da apuração dos votos, o deputado Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, rebateu a declaração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de que membros do PCC teriam orientado familiares e aliados a votarem no psolista.
“Que vergonha, né”, disse Boulos ao acompanhar a votação de sua avó na Avenida Paulista. “Nada mais a dizer. É o candidato que ele apoia que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo”.
Em nota divulgada por sua assessoria, Boulos afirmou que Tarcísio responderá na Justiça. “É criminosa a atitude do governador Tarcísio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições. Tarcísio é cabo eleitoral de Nunes, faz tal declaração ao lado do prefeito em claro gesto de campanha. Usa a máquina pública de maneira vergonhosa e irresponsável. Isso fere todos os preceitos democráticos”.
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