Josias Teófilo na Crusoé: Transgressão programada
Atualmente o que não falta na cultura é o rebelde a favor. Ele se rebela sempre num mesmo sentido
Evidentemente que a transgressão é parte importante da arte. Primeiro, porque expande os limites do convencional e do possível. Segundo, porque dá espaço ao estranhamento.
A questão é que, se a transgressão passa a ser sempre num mesmo sentido, ela deixa de transgressão. No caso, atualmente vemos uma grande quantidade de filmes que tentam transgredir sempre da mesma forma, atacando os valores da sociedade tradicional, da família, do cristianismo.
Isso foi tão repetido que virou regra, e não exceção. Virou o entediante padrão.
Pior: virou um programa que tem por objetivo uma agenda compartilhada e financiada por grandes corporações.
Que a agenda da esquerda socialista fosse ser compartilhada por grandes corporações é uma distopia que nunca imaginei ser possível. É uma tragédia porque junta tudo que não presta na humanidade: linguagem de origem marxista e mentalidade corporativa. Grandes corporações e o Estado. É a opressão mais perfeita e mais completa.
Antonio Risério escreve que nunca existiu um período na história da humanidade que não existissem elites. E elas são várias. O Brasil, ele escreve, já teve uma elite racista, mas isso não fez do Brasil um país menos miscigenado. Isso porque, enquanto uma elite burocrática era racista e contra a miscigenação, existia uma elite carismática (violeiros, cantadores, pais de santo) que influenciavam a população em outro sentido.
Só que hoje a elite burocrática tem sua própria elite carismática que serve a seus interesses. Basta ver as divas pop, que seguem uma cartilha predeterminada: defendem aborto, feminismo, os candidatos democratas, e usam da mesma transgressão no sentido do erotismo e da exposição, e contra a família tradicional.
Atualmente o que não falta na cultura é o rebelde a favor. Ele se rebela sempre num mesmo sentido, contra os mais fracos, e a favor da ideologia propagada pelos ricos e poderosos. É uma elite carismática a serviço da elite burocrática, digamos assim.
Só que a população passou a notar a quem eles servem. A internet deu voz a formadores de opinião que não são artistas do mainstream, nem pessoas com cargos importantes, mas que funcionam como uma elite carismática de fato. O X (antigo Twitter) reúne muitos desses formadores de opinião, gente que não é famosa no sentido convencional, mas tem uma capacidade tremenda de difundir ideias.
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