Saldo de tragédia na Av. Brasil: três mortos e caos
Operação da PM no Complexo de Israel espalha terror e bloqueia vias
Na manhã de quinta-feira, 24, uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, gerou confrontos que paralisaram a Avenida Brasil por mais de duas horas e deixaram três mortos e três feridos.
Durante o tiroteio, o Rio foi colocado em estágio operacional 2, o que reflete o alto impacto do episódio na cidade. O Centro de Operações da Prefeitura instaurou o bloqueio às 8h35, quando o congestionamento já se estendia pela região, e só retornou ao estágio 1 às 11h15, após a liberação da via e a avaliação de que não havia mais riscos para a população.
O saldo da tragédia incluiu as mortes de três civis: Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, motorista de aplicativo; Renato Oliveira, de 48 anos, passageiro de ônibus; e Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 49 anos, motorista de caminhão. Ambos foram atingidos na cabeça por tiros disparados por criminosos em represália à operação da PM. Outras três pessoas ficaram feridas: uma mulher de 24 anos, com ferimento na coxa, e dois homens de 27 anos, também atingidos e atendidos em hospitais da região.
Com o fechamento da Avenida Brasil, a rotina da cidade foi afetada. Mais de 20 linhas de ônibus, segundo a Rio Ônibus, precisaram ser desviadas, enquanto o ramal Saracuruna da Supervia suspendeu temporariamente as operações em cinco estações.
O corredor Transbrasil, do sistema BRT, também teve a circulação interrompida, e a normalização só começou após as 9h15. Em nota, a Rio Ônibus afirmou que a segurança pública no Rio está prejudicando o direito de ir e vir dos cidadãos.
A operação policial visava combater o roubo de cargas e veículos, mas encontrou forte resistência dos criminosos. De acordo com a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudia Moraes, as tropas enfrentaram barricadas, valas cavadas e veículos incendiados, que dificultaram o avanço na comunidade. “A princípio, a informação é que as tropas devem se retirar, já que os criminosos estão com forte resistência”, afirmou Moraes.
A tragédia ressalta a vulnerabilidade dos moradores e trabalhadores que transitam pela Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade. Em meio ao aumento das operações policiais em áreas dominadas por facções armadas, o impacto sobre a mobilidade e a segurança da população se intensifica, gerando transtornos e perdas irreparáveis para a vida de inocentes.
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