O Oriente Médio está “à beira de uma guerra total”, alertou o ditador russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, 23 de outubro, no meio de tensões crescentes na região, especialmente entre Israel e o Hezbollah.

“Os combates se espalharam para o Líbano. Outros países da região também são afetados. O grau de confronto entre Israel e o Irã aumentou acentuadamente. Tudo isto parece uma reação em cadeia e coloca todo o Oriente Médio à beira de uma guerra total”, alertou Putin num discurso na cimeira dos BRICS em Kazan.

“É necessário pôr fim à violência, prestar uma assistência vital às vítimas”, continuou, perante cerca de vinte líderes, incluindo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. “A tarefa urgente é, sem dúvida, lançar um processo político abrangente para resolver o problema no Oriente Médio como um todo”, continuou Vladimir Putin, descrevendo as tensões na região como uma “fonte de preocupação”. “Esta é uma escalada de um conflito de longa data”, disse ele.

O ditador russo, mais uma vez, também apelou à “criação de um Estado palestino independente que coexista pacificamente com Israel”.

A Rússia, historicamente próxima de Israel, reforçou, porém, nos últimos meses, os seus laços com o Irã, inimigo de Israel e acusado pelo Ocidente de fornecer drones explosivos e mísseis de curto alcance ao exército russo.

Presidente iraniano acusa ONU de ineficácia

Em seu discurso na cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, lamentou a ineficácia da ONU em “apagar o fogo” no Oriente Médio: “O fogo da guerra ainda arde na Palestina, na Faixa de Gaza e nas cidades libanesas”, disse Pezeshkian acrescentando que “as instituições internacionais”, em particular a ONU, “não têm a eficácia necessário para apagar o fogo desta crise.”

Lula virtualmente no BRICS

Durante sua participação por videoconferência na reunião de cúpula dos Brics, que acontece em Kazan, na Rússia, o presidente Lula culpou Israel pelos conflitos com os terroristas do Hamas e Hezbollah no Oriente Médio e enfeitou sua fala repetindo o discurso do ditador turco Recep Tayyip Erdogan, apoiador do Hamas.

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