A confusão envolvendo torcedores do Peñarol no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, que terminou com depredações e 250 prisões, foi motivada por um furto de celular.

Segundo a Polícia Militar e o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, um torcedor uruguaio furtou o aparelho de um comércio próximo à comunidade do Terreirão, o que gerou o primeiro desentendimento com moradores locais. A tensão escalou rapidamente, resultando em violência e vandalismo.

A partir do furto, houve um confronto entre brasileiros e uruguaios, e em meio ao tumulto, um homem chegou a sacar uma arma contra os torcedores do Peñarol. Logo depois, os uruguaios começaram a depredar quiosques e a atacar banhistas, usando paus e pedras, além de incendiarem uma moto e, mais tarde, um ônibus de turismo na Avenida Lúcio Costa. A situação só foi contida por volta das 13h30, após reforços da Polícia Militar deterem cerca de 250 pessoas.

Brasileiros também aproveitaram o caos para saquear ônibus da torcida uruguaia. Entre os detidos, estavam homens, mulheres e adolescentes, e parte deles foi liberada com a condição de não comparecer ao jogo da semifinal da Libertadores entre Botafogo e Peñarol, disputado na noite da quarta-feira (23).

O Secretário de Segurança Pública admitiu falhas no planejamento, principalmente pela chegada antecipada dos ônibus com torcedores. A investigação segue em andamento, com a polícia uruguaia auxiliando na identificação dos envolvidos.

No jogo, o Botafogo venceu o Peñarol por 5 a 0. Os uruguaios precisarão de um milagre no jogo de volta.