Medicamentos para perda de peso, como o Ozempic, estão abalando profundamente a indústria de dietas, que até recentemente se baseava em programas de alimentação restrita e exercícios.

Desenvolvido inicialmente para tratar diabetes tipo 2, o medicamento se popularizou por sua capacidade de reduzir o apetite, levando a uma revolução na forma como as pessoas tentam emagrecer. Agora, muitas delas estão abandonando os métodos tradicionais.

Um exemplo claro dessa transformação é a WeightWatchers, gigante do setor de dietas há mais de cinco décadas. Em uma medida inédita, a empresa anunciou neste mês que vai oferecer sua própria versão de um medicamento similar ao Ozempic.

Essa estratégia é uma tentativa de sobreviver à queda nas receitas e à crescente preferência por soluções médicas para emagrecimento. Esse movimento é emblemático de uma indústria que vale mais de R$ 1 trilhão no mundo e que está sendo forçada a mudar rapidamente.

Oprah Winfrey, uma das maiores embaixadoras da WeightWatchers, foi vista recentemente com um físico muito mais magro e logo revelou ter usado medicamentos para perda de peso. “É um alívio saber que existe uma solução médica para o controle do peso,” declarou Oprah ao anunciar que deixaria o conselho da empresa para se dedicar a outras causas.

Além dos famosos, milhares de pessoas comuns estão recorrendo a esses medicamentos. Comparando o fenômeno ao Botox, muitos usuários afirmam que a facilidade e os resultados rápidos fazem valer o alto custo, que pode chegar a R$ 1.200 por mês. “Nunca mais volto para shakes e sopas que me deixavam miserável,” disse uma usuária do Mounjaro, outro medicamento popular.

Enquanto medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro ganham adeptos, o futuro das dietas tradicionais parece sombrio. Marcas como a Jenny Craig já fecharam as portas, enquanto outras lutam para se adaptar à nova realidade. A revolução no controle de peso chegou para ficar, e o impacto é devastador para a antiga indústria de dietas.