Um deputado francês admitiu que a polícia o pegou tentando comprar drogas na semana passada:

“Na quinta-feira, 17 de outubro de 2024, fui parado em posse de narcóticos”, disse o parlamentar Andy Kerbrat em uma declaração postada no X. “Eu imediatamente admiti as acusações contra mim.”

Há três meses, Andy Kerbrat acabava de ser reeleito deputado pelo Nantes no primeiro turno. Hoje, ele busca salvar seu mandato. O deputado de 34 anos, filiado ao partido de extrema esquerda, La France Insoumise (LFI), admitiu na noite de segunda-feira, 21 de outubro, ter sido preso na semana anterior, no metrô de Paris, no ato de comprar mais de um grama de 3-MMC , uma droga sintética, de um traficante menor de idade.

Ouvido em liberdade na delegacia, ele comparecerá posteriormente ao tribunal. Um revés para a carreira política do jovem deputado, pouco conhecido nacionalmente, mas apreciado localmente pelo seu compromisso com os assuntos LGBT+.

Kerbrat, que é membro da aliança de esquerda Nova Frente Popular e representa a região noroeste de Loire-Atlantique na Assembleia Nacional Francesa, emitiu sua declaração após o jornal de direita Valeurs Actuelles publicar uma história revelando o caso.

Kerbrat lamentou que seu círculo próximo, incluindo sua equipe parlamentar e aliados políticos, soubessem da prisão por meio de revelações da mídia antes que ele pudesse informá-los pessoalmente.

Apoio da esquerda e crítica da direita

Ele então admitiu lutar contra o vício em drogas por algum tempo e prometeu procurar ajuda. “O vício é um problema de saúde pública e deve ser tratado como tal”, disse ele.

Vários aliados políticos de Kerbrat na esquerda expressaram apoio a ele após as notícias, incluindo Sandrine Rousseau, dos Verdes, que disse: “O uso de drogas e o vício são uma questão de cuidado, saúde mental e apoio. Você reconheceu, você está em um caminho de tratamento. Volte para nós em boa forma”, disse Rousseau no X.

Políticos de direita, no entanto, foram rápidos em criticar Kerbrat. Entre eles estava o novo ministro do Interior, Bruno Retailleau, que disse que Kerbrat deve enfrentar as consequências de suas ações, especialmente em um momento em que o tráfico de drogas está alimentando o que ele chamou de “procissão de violência” em cidades francesas como Marselha.

“É intolerável ver um membro do parlamento comprando drogas sintéticas de um traficante de rua”, disse Retailleau no X.

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