Crusoé: A “profunda preocupação” da Rússia com a eliminação de Sinwar
O Hamas considera a Rússia, do ditador Vladimir Putin, um de seus "amigos na esquerda global"
Enquanto o mundo livre celebra a eliminação de Yahya Sinwar, a Rússia tem “profundas preocupações” relacionadas à morte do líder do Hamas na Faixa de Gaza.
Questionado durante coletiva de imprensa sobre a reação do Kremlin à confirmação da eliminação do líder terrorista, o porta-voz Dmitry Peskov afirmou nesta sexta-feira, 18, que o governo russo está preocupado com “as consequências que estamos vendo para a população civil”.
“A catástrofe humanitária que está sendo observada em Gaza e no Líbano é um assunto de profunda preocupação”, acrescentou o porta-voz do governo russo, sem entrar em detalhes e evitando mencionar Sinwar.
O eixo Kremlin-Hamas
Como mostramos, o Hamas demonstrou mais de uma vez que considera a Rússia, de Vladimir Putin, um de seus “amigos na esquerda global”. Em entrevista à TV turca TRT Network, em 31 de outubro de 2023, Khaled Mashal, líder do Hamas no exterior e porta-voz dos terroristas, elogiou a posição política de Moscou.
“Temos amigos entre os cristãos, até mesmo entre os judeus, bem como na esquerda global. Temos amigos no mundo. Dirijo-me também a Moscou e Pequim. Rússia e China. A posição política deles é boa. O seu (veto) na ONU, a sua posição política. Mas estas são superpotências. Elas podem fazer mais. Elas deveriam construir determinação suficiente [para acabar com]… o monopólio [americano]… Esta é uma oportunidade. Moscou e Pequim lutam por um equilíbrio de poder internacional que abolirá a unipolaridade (americana). Pois bem, esta é a sua oportunidade!”, afirmou Mashal.
Poucos dias antes, em 26 de outubro de 2023, Abu Marzouk, membro ala política do Hamas, foi a Moscou para supostamente negociar a libertação de reféns estrangeiros na Faixa de Gaza. A visita, no entanto, demonstrou a conivência do governo de Vladimir Putin com o grupo terrorista.
Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que o convite russo era um ato de apoio ao terrorismo e às atrocidades cometidas contra o país desde 7 de outubro.
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