Crusoé: “Israel pode contar com a nossa solidariedade – agora e no futuro”
No Bundestag, o chanceler Olaf Scholz criticou as posições políticas dos partidos radicais que descrevem as constantes na política externa alemã como um problema para o futuro
O chanceler alemão Olaf Scholz fez nesta quarta-feira, 16 de outubro, no Bundestag, um importante discurso no qual comentou a política comercial da UE e questões relacionadas às guerras na Ucrânia e em Israel, bem como nos problemas da indústria e do emprego na Alemanha.
Como parte da declaração do governo, o chanceler Scholz enfatizou a sua vontade de conversar com o ditador russo, Vladimir Putin, sobre uma paz justa na Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também declarou que deveria haver outra conferência de paz, inclusive com a participação de Putin, disse o político do SPD em Berlim. “É por isso que também é certo que, quando solicitados, também falemos com o presidente russo, digamos: Sim, esse também é o caso”. As discussões com Putin teriam de ser conduzidas em “coordenação com os nossos parceiros mais próximos”, afirmou Scholz.
Scholz garante entrega de armas a Israel
Scholz também prometeu mais entregas de armas a Israel na luta contra as milícias terroristas Hamas e Hezbollah. “Há entregas e sempre haverá mais entregas. Israel pode confiar nisso”, disse Scholz no Bundestag durante uma declaração do governo sobre a próxima reunião de cúpula da UE.
A Alemanha deve manter Israel “em posição de defender o seu país”, enfatizou Scholz. “Israel pode contar com a nossa solidariedade – agora e no futuro.”
Ao mesmo tempo, o Chanceler alemão afirmou que ainda há necessidade de ajuda humanitária para a população de Gaza e que as regras do direito internacional na guerra do Oriente Médio devem ser respeitadas. Também é preciso haver uma perspectiva para uma solução de dois Estados com os palestinos, disse Scholz.
Scholz critica AfD e BSW
Antes da visita do presidente dos EUA, Joe Biden, Scholz alertou veementemente contra a discussão dos laços claros da Alemanha com o Ocidente na sua aliança com a Otan.
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