O senador Jaques Wagner (PT-BA), que é líder do governo no Senado, defendeu que o presidente Lula não “entre em campo” nas articulações para a sucessão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O nome mais forte na corrida pela presidência da Casa Alta é o de Davi Alcolumbre (União-AP). Ele comandou o Senado entre 2019 e 2020.

“Neutro ninguém nunca é. Tem uma torcida, mesmo que não entre em campo. Eu acho que o presidente não vai entrar em campo. Acho que querendo ou não é outro Poder”, disse Jaques Wagner à imprensa, nesta terça-feira,15.

E acrescentou: “Pode ter simpatia [por algum candidato], mas eu acho difícil que ele [Lula] entre em campo para desfraldar uma bandeira. Eu, se depender do líder do governo, minha opinião é que não faça”, afirmou.

Para o líder do governo, independentemente de quem seja eleito para chefiar o Senado, o governo petista terá de manter relacionamento e realizar articulações.

“É outro Poder e eu acho que você tem que se relacionar com quem for escolhido […] Espera-se que quem for escolhido, em qualquer das duas Casas, saiba que um presidente da Câmara ou do Senado não é líder do governo, mas também não deve ser líder da oposição”, declarou.

Bolsa Família

O senador foi questionado sobre as chances do governo beneficiar as famílias que dependem do Bolsa Família com o 13° pagamento e afastou a possibilidade.

“Eu acho que não dá, sinceramente, a menos que alguém apresente onde é que está a compensação [financeira]. Não falei com o presidente, não, a decisão é dele. Quem arranca os cabelos é o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad”, disse Jaques Wagner.

Nesta terça-feira, um projeto que institui o abono natalino para o programa social estava previsto na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas não chegou a ser avaliado.