Apagão em SP: 250 mil imóveis seguem sem luz
A falta de energia começou na sexta-feira, 11, quando fortes rajadas de vento provocaram danos severos na rede elétrica da região metropolitana
A Enel informou nesta terça-feira, 15, que cerca de 250 mil imóveis continuam sem luz na região metropolitana de São Paulo devido às rajadas de vento que provocaram danos severos na rede elétrica na sexta, 11.
Na noite de segunda-feira, 14, eram 340 mil imóveis sem energia elétrica.
A concessionária também afirmou que o serviço foi normalizado para mais de 1,8 milhão de clientes e que reforçou as equipes em campo com funcionários do Rio de Janeiro e do Ceará.
Auditoria da CGU na Aneel sobre a Enel
O presidente Lula (PT) determinou na segunda, 14, a abertura de uma auditoria sobre o trabalho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na cidade de São Paulo. A decisão foi anunciada pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho.
O objetivo é identificar falhas na fiscalização da Aneel sobre a Enel, concessionária de energia de São Paulo.
“O presidente determinou que a CGU fizesse uma auditoria completa sobre a Aneel, a respeito da concessionária Enel. Desde o que deveria ter sido adotado no ano passado e não foi, até o que vai acontecer daqui para frente para que as mesmas falhas não aconteçam”, disse o ministro em entrevista no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, o governo avalia uma ação de dano moral coletivo contra Enel por causa do apagão.
“Estamos, como AGU, avaliando, diante da prática reiterada da Enel, uma ação de dano moral coletivo”, disse Messias.
“É uma camada a mais além da multa que será eventualmente aplicada dependendo do processo administrativo”, acrescentou.
Ricardo Nunes responsabiliza governo Lula por apagão em SP
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, acusou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de ter sido “irresponsável” em relação à Enel, cuja concessão, regulação e fiscalização é de responsabilidade do governo federal.
“Eu já estou pedindo desde o ano passado para cancelar esse contrato com a Enel. Depende do governo federal, do ministro irresponsável de Minas e Energia, que eu fui lá e não fez nada. Depende da Agência Nacional de Energia Elétrica, que é do governo federal, também nada. E o contrato prevê, que tanto o ministro, que poderia ter iniciado a caducidade desse contrato, a gente já teria substituído essa empresa e não estaria tendo esse transtorno todo”, disse o prefeito.
“E o governo federal, pelo contrário, ultimamente falando que vai renovar o contrato com essa empresa. Nós não queremos renovar essa empresa aqui em São Paulo. É uma irresponsabilidade o que ela está fazendo com a nossa cidade”, acrescentou.
Alexandre Silveira rebateu:
“Prefeito de São Paulo aprendeu rápido com o seu concorrente aqui, Pablo Marçal, que era o campeão das fake news e da falsificação de documento público. Ele fez uma fake news dizendo que nós estávamos tratando da renovação da distribuição da Enel. A Enel vence seu contrato em 2028. Ela tem até 2026 para se manifestar sobre a sua renovação. Na verdade, ainda dá tempo do prefeito se preocupar com a questão urbanística de São Paulo”, afirmou.
Silveira também criticou a Enel por não ter informado quando a luz voltaria.
“Quando a Enel disse que não tinha previsão de entrega dos serviços à população, eu disse que ela cometeu um grave erro de comunicação, um grave erro de seu compromisso contratual com a sociedade de São Paulo de dar uma previsão objetiva.”
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