O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem (foto), afirmou nesta terça-feira, 8, que apoia o esforço do Parlamento libanês de promover um acordo de cessar-fogo com Israel no sul do Líbano, sem, no entanto, dizer se o grupo terrorista irá abaixar as armas.

Em discurso televisionado, Qassem falou pela primeira vez em trégua sem colocar o fim do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza como pré-condição para o fim dos ataques ao território israelense.

“Apoiamos a atividade política liderada por Berri sob o título de cessar-fogo”, disse o vice-líder do Hezbollah, referindo-se a Nabih Berri, presidente do Parlamento libanês e aliado do grupo terrorista.

Qassem também afirmou que o conflito com Israel é uma guerra sobre quem chora primeiro, ponderando que o Hezbollah não choraria primeiro.

Ele disse ainda que as capacidades do grupo estavam intactas, apesar dos “golpes dolorosos” de Israel.

“Estamos atacando-os. Estamos ferindo-os e prolongaremos o tempo. Dezenas de cidades estão dentro do alcance dos mísseis da resistência. Garantimos a vocês que nossas capacidades são boas”, disse Qassem.

“De qualquer forma, depois que a questão do cessar-fogo tomar forma, e quando a diplomacia puder alcançá-lo, todos os outros detalhes poderão ser discutidos e decisões poderão ser tomadas”, continuou o vice-líder do Hezbollah. “Se o inimigo (Israel) continuar sua guerra, então o campo de batalha decidirá.”

Israel mira substituto de Hassan Nasrallah no Hezbollah

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta terça que Hashem Safieddine, possível substituto de Hassan Nasrallah no Hezbollah, foi “eliminado”.

“O Hezbollah é uma organização sem cabeça. Nasrallah foi eliminado, seu substituto provavelmente também foi eliminado”, disse Gallant a oficiais no centro de comando norte do exército israelense.

Safieddine não foi ouvido publicamente desde um ataque aéreo israelense na semana passada.

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