Crusoé: Ucrânia bombardeia terminal petrolífero na Crimeia
Rússia relatou um incêndio no local, mas não o atribuiu aos ucranianos; península está sob ocupação russa desde 2014
A Ucrânia anunciou um bombardeio ao principal terminal petrolífero da Crimeia nesta segunda-feira, 7 de outubro. A península no sul ucraniano está sob ocupação da Rússia desde 2014.
“As forças de defesa realizaram esta noite um ataque bem-sucedido contra uma terminal petrolífera marítima do inimigo”, afirmou o Exército da Ucrânia.
Segundo Kiev, tratá-se do “maior terminal da Crimeia em termos de volume de produtos petrolíferos processados”.
Ainda nesta segunda, a Rússia relatou um incêndio no local (foto), mas não o atribuiu aos ucranianos. De acordo com os russos, não há vítimas.
Europa anuncia empréstimo à Ucrânia
A União Europeia anunciou, em 20 de setembro, um empréstimo à Ucrânia no valor de até 35 bilhões de euros, ou pouco mais de 210 bilhões de reais.
“Fico feliz em anunciar que a Comissão adotou as propostas que permitirão à União Europeia emprestar € 35 bilhões à Ucrânia. É um grande passo adiante”, disse a presidente da Comissão Europeia, braço Executivo do bloco europeu, a alemã Ursula von der Leyen.
Ela deu a declaração em coletiva de imprensa ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Diplomatas da União Europeia afirmaram que o empréstimo será parcelado, com o primeiro pagamento em julho de 2025.
O dinheiro vem dos lucros retidos de empresas russas sancionadas no Ocidente.
Zelensky pede mais armas à Otan
Reunido na Alemanha com os seus aliados em 6 de setembro, Volodymyr Zelensky pediu “mais armas” e autorização para usar mísseis de longo alcance para atacar a Rússia num momento em que Moscou avança na frente oriental.
“Precisamos de mais armas para repelir as forças russas do nosso país, especialmente na região de Donetsk”, no leste, disse o líder ucraniano na reunião de apoiadores internacionais de Kiev na base aérea americana de Ramstein, no oeste da Alemanha.
“O mundo tem sistemas de defesa aérea suficientes para garantir que o terror russo não tenha resultados”, acrescentou. Moscou, por sua vez, aumenta os seus bombardeamentos mortíferos, como recentemente o fez contra um instituto militar em Poltava, no centro da Ucrânia, deixando pelo menos 55 mortos.
Zelensky reiterou a sua solicitação de poder usar armas de longo alcance fornecidas pelos seus parceiros “não apenas no território ocupado da Ucrânia, mas também em território russo”.
Os seus aliados, incluindo os seus dois principais fornecedores, os Estados Unidos e a Alemanha, deram a sua aprovação para atacar, sob certas condições, com as suas armas, alvos em solo russo, mas mostram-se relutantes em generalizá-lo por receio de uma escalada com Moscou, que costuma reiterar a ameaça nuclear.
Questionado em Ramstein,…
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