Gusttavo Lima: “Não é possível que eu tenha feito algo errado”
Cantor foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa suspeito de envolvimento em negócios ilegais de casas de apostas
O cantor sertanejo Gusttavo Lima negou ter “feito algo de errado” após ser indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa suspeito de envolvimento em negócios ilegais de casas de apostas.
“Todos vocês me acompanharam desde quando comecei a fazer sucesso em 2008, então sabem de onde eu vim. Agora, com tudo isso que surgiu nas últimas semanas, fui surpreendido por tantas mentiras, suposições e fake news. Gente, não é possível que eu tenha feito algo errado. Temos nossos amigos cuidando da parte tributária e financeira. Frisei várias vezes: ‘Gustavo, não tem nada errado, é 100%’”, disse Gusttavo Lima em live transmitida nesta segunda-feira, 30 de setembro.
“Estou tranquilo, porque acredito na Justiça do Brasil e na Justiça de Pernambuco. Tenho certeza de que isso tudo vai acabar o mais rápido possível. Queria esclarecer alguns pontos mencionados nas reportagens sobre essa investigação e esse suposto envolvimento, algo que eu desconheço. Jamais trocaria minha paz e minha honestidade por qualquer quantia de dinheiro”, acrescentou.
Gusttavo Lima indiciado
Alvo da Operação Integration, o cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a TV Globo, o indiciamento aconteceu em 15 de setembro. Cabe ao Ministério Público decidir se aceita ou não a denúncia.
A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, chegou a determinar a prisão do músico e a suspensão do seu passaporte, mas a decisão foi revogada na terça, 24, pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que questionou a falta de materialidade da decisão da 12ª Vara Criminal de Recife.
“A retromencionada fundamentação não constitui lastro plausível capaz de demonstrar a existência da materialidade e do indício de autoria dos crimes insculpidos”, afirmou o desembargador na decisão.
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Apreensões na sede da empresa de Gusttavo Lima
Durante a operação, a polícia apreendeu 150 mil reais na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima, localizada em Goiânia (GO).
Os investigadores também encontraram 18 notas fiscais sequenciais, emitidas em valores fracionados pela GSA Empreendimentos, que também pertence ao cantor, para a PIX365 Soluções, que, conforme a Polícia Civil, seria a Vai de Bet, empresa de apostas esportivas investigada no esquema. As notas somam mais de 8 milhões de reais pelo uso de imagem e voz do cantor.
Tanto o dinheiro vivo quanto as notas fiscais sequenciais são indícios de lavagem de dinheiro, de acordo com os investigadores.
Aeronaves
Gusttavo Lima também é suspeito de negociar duas aeronaves com empresários ligados aos jogos ilegais. Uma delas, pertencente à Balada Eventos, foi vendida duas vezes no período de um ano para investigados.
A primeira venda aconteceu em 25 de maio de 2023, por 6 milhões de dólares, para a Sports Entretenimento, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho, integrante de uma família de bicheiros do Recife.
Tanto o contrato quanto distrato foram emitidos no mesmo dia. Contudo, o laudo que apontou falha mecânica na aeronave só foi emitido em 29 de junho.
Em 2024, o avião foi vendido para a J.M.J Participações, do empresário José André da Rocha Neto, outro alvo da operação, por 33 milhões de reais.
A segunda venda ocorreu sem que nenhum laudo comprovasse o reparo da aeronave.
De acordo com a investigação, as duas vendas usaram dinheiro legal e ilegal.
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