AltasIntel aponta segundo turno no Rio de Janeiro
Segundo a pesquisa, Paes vence Alexandre Ramagem em um eventual segundo turno, por 57% a 36%
O Instituto AtlasIntel divulgou uma nova pesquisa sobre as intenções de voto para as eleições no Rio de Janeiro. O cenário é estável. O prefeito em exercício e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), aparece à frente na corrida eleitoral. Paes conta com 49% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) registra 32,1%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. Na pesquisa anterior, em 23 de setembro, Eduardo Paes liderava com 48,6%, enquanto Alexandre Ramagem tinha 32%.
Segundo o cálculo de votos válidos, Paes chega a 50,5% e venceria no primeiro turno, contra 33,1% de Ramagem e 8,3% de Tarcísio Motta. A pesquisa mostrou que o atual prefeito também venceria o deputado bolsonarista em um eventual segundo turno, por 57% a 36%, uma vantagem de 21 pontos percentuais (na rodada anterior a diferença era de 22 pontos).
A distribuição do percentual de votos entre os demais candidatos ficou assim: o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), tem 8,1% (eram 8,9%), na sequência Carol Sponza (Novo), com 3% (eram 3,4%). Cyro Garcia (PSTU) aparece com 1,4% (eram 0,1%), Marcelo Queiroz (PP), com 1,3% (0,9%), Rodrigo Amorim (União), com 1,3% (0,6%), e Juliete Pantoja (UP), com 0,8% (0,5%). Brancos e nulos são 1,1% (antes eram 2,5%) e há 2% de indecisos (eram 2,7%).
Em um eventual confronto com Tarcísio Motta no segundo turno, Paes venceria com 52% dos votos, contra 22% de Motta. O instituto consultou 1.633 eleitores do Rio, entre os dias 24 e 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RJ-00739/2024.
Cenário
O prefeito do Rio de Janeiro ampliou a vantagem que tinha sobre o deputado Alexandre Ramagem (PL), indicando que pode ser reeleito ainda em primeiro turno. O resultado, contudo, destoa do que indicaram as demais sondagens sobre a disputa pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro na semana passada.
Polêmica na prefeitura
O Antagonista mostrou que a prefeitura do Rio de Janeiro está envolta em polêmicas sobre ‘superdespesas’ e ‘supersálarios’.
O vereador Pedro Duarte (Novo-RJ) enviou à Prefeitura do Rio de Janeiro um requerimento de informação sobre a compra de uma almofada no valor de R$ 18 mil. Segundo o processo que autorizou a aquisição, o item será utilizado para revestir um “banco orgânico”, termo utilizado para se referir aos bancos feitos artesanalmente com madeira maciça. O banco está localizado na sala de espera de um espaço destinado ao atendimento da dívida ativa do município.
O Antagonista obteve acesso ao processo parcial de compra da almofada por meio do gabinete do vereador Pedro Duarte, uma vez que os detalhes da aquisição não estão disponíveis para consulta no site da prefeitura.
O gabinete do parlamentar pediu que em 24 horas a Procuradoria Geral do Município (PGM) do Rio de Janeiro seja oficiada para disponibilizar a cópia integral do processo.
Cargos Comissionados
Como mostramos, o prefeito Eduardo Paes disse aos internautas que iria recorrer de uma decisão do Órgão Especial do TJ que mandou a prefeitura cessar imediatamente o pagamento de cargos comissionados e de confiança (de até R$ 18 mil) a milhares de servidores municipais.
Acontece que grande parte desses servidores ocupou tais postos por indicação política e em caráter provisório ao longo do governo Marcello Crivella (2017-2020), autor da lei, e nas duas gestões que o antecederam (governos Eduardo Paes).
Os beneficiados conseguiram uma benesse a que a maioria do funcionalismo não tem acesso: aumentos de até 270% dos salários normais, segundo levantamento do gabinete do vereador Pedro Duarte (Novo), autor da ação no TJ.
Há o caso, por exemplo, de um agente de administração (nível médio) que incorporou uma gratificação de R$ 14.847 ao salário de R$ 5.460. Já uma inspetora de alunos, após conseguir um cargo comissionado, alcançou um salário de R$ 11.345, muito superior aos vencimentos normais do cargo, entre R$ 1900 e R$ 3100.
O mesmo Tribunal de Justiça já tinha considerado inconstitucional a lei que embasava as incorporações. Proposta por Crivella e defendida por Paes agora, a legislação tinha sido aprovada a toque de caixa na cidade do Rio em outubro de 2019, num expediente para driblar as restrições da Emenda Constitucional 103/2019, aprovada um mês depois.
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