O Conselho da Europa atribuiu esta segunda-feira, 30 de setembro, o Prêmio Vaclav Havel, que premia defensores dos direitos humanos, à opositora venezuelana Maria Corina Machado.

A líder venezuelana de 56 anos, que vive escondido na Venezuela desde a fraude eleitoral perpetrada pelo ditador Nicolás Maduro em julho, disputou o prêmio com o ativista azerbaijano Akif Gurbanov e a feminista georgiana Babutsa Pataraia.

Maduro teve sua cuja falsa vitória validada pelo Supremo Tribunal Venezuelano, que lhe é subserviente, em 22 de agosto, no entanto, ele não tornou públicas as atas das assembleias de voto que comprovariam sua vitória. A oposição, por sua vez, publicou a contagem dos votos fornecida pelos seus escrutinadores e demonstrou que o seu candidato, Edmundo Gonzalez Urrutia, obteve mais de 60% dos votos.

Ameaçado de prisão em seu país, Gonzalez Urrutia está exilado na Espanha, que lhe concedeu asilo.

Após o anúncio da reeleição de Maduro, manifestações espontâneas deixaram 27 mortos e 192 feridos. Cerca de 2.400 pessoas também foram presas, segundo fontes oficiais. Pelo menos 7 milhões dos 30 milhões de habitantes da Venezuela fugiram do país desde 2014 devido à crise política e econômica do país, e os especialistas esperam uma nova onda de migração.

Dotado de 60 mil euros, o prêmio Vaclav-Havel premia todos os anos, desde 2013, uma personalidade da sociedade civil pelas suas “ações excepcionais em favor dos direitos humanos na Europa e fora dela.”

Vaclav Havel, combatente do totalitarismo, foi símbolo duradouro da oposição ao despotismo e presidente da Checoslováquia e depois da República Checa em 1989-2003, morreu em 18 de dezembro de 2011, aos 75 anos. Chefe de Estado da Checoslováquia e depois checo em 1989-2003, Vaclav Havel morreu em dezembro de 2011, aos 75 anos.

Ditadura sequestra seguranças de Maria Corina

O Vente Venezuela, partido de María Corina Machado, denunciou no domingo, 29, que o regime do ditador Nicolás Maduro sequestrou dois integrantes da equipe de segurança da líder da oposição venezuelana. São eles: Milciades Ávila e Edwin Moya.

Segundo a legenda, o paradeiro deles permanece desconhecido.

“Exigimos saber onde eles estão e sua liberdade imediata!”, disse o Vente Venezuela.

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