Polícia indicia Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro e organização criminosa
O indiciamento aconteceu em 15 de setembro; cabe ao Ministério Público decidir se aceita ou não a denúncia contra o cantor
Alvo da Operação Integration, o cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a TV Globo, o indiciamento aconteceu em 15 de setembro. Cabe ao Ministério Público decidir se aceita ou não a denúncia.
A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, chegou a determinar a prisão do músico e a suspensão do seu passaporte, mas a decisão foi revogada na terça, 24, pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que questionou a falta de materialidade da decisão da 12ª Vara Criminal de Recife.
“A retromencionada fundamentação não constitui lastro plausível capaz de demonstrar a existência da materialidade e do indício de autoria dos crimes insculpidos”, afirmou o desembargador na decisão.
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Apreensões na sede da empresa de Gusttavo Lima
Durante a operação, a polícia apreendeu 150 mil reais na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima, localizada em Goiânia (GO).
Os investigadores também encontraram 18 notas fiscais sequenciais, emitidas em valores fracionados pela GSA Empreendimentos, que também pertence ao cantor, para a PIX365 Soluções, que, conforme a Polícia Civil, seria a Vai de Bet, empresa de apostas esportivas investigada no esquema. As notas somam mais de 8 milhões de reais pelo uso de imagem e voz do cantor.
Tanto o dinheiro vivo quanto as notas fiscais sequenciais são indícios de lavagem de dinheiro, de acordo com os investigadores.
Aeronaves
Gusttavo Lima também é suspeito de negociar duas aeronaves com empresários ligados aos jogos ilegais. Uma delas, pertencente à Balada Eventos, foi vendida duas vezes no período de um ano para investigados.
A primeira venda aconteceu em 25 de maio de 2023, por 6 milhões de dólares, para a Sports Entretenimento, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho, integrante de uma família de bicheiros do Recife.
Tanto o contrato quanto distrato foram emitidos no mesmo dia. Contudo, o laudo que apontou falha mecânica na aeronave só foi emitido em 29 de junho.
Em 2024, o avião foi vendido para a J.M.J Participações, do empresário José André da Rocha Neto, outro alvo da operação, por 33 milhões de reais.
A segunda venda ocorreu sem que nenhum laudo comprovasse o reparo da aeronave.
De acordo com a investigação, as duas vendas usaram dinheiro legal e ilegal.
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