A tempestade tropical John, que chegou como um furacão de categoria 3 na costa do Pacífico mexicano, foi rebaixada a uma depressão tropical na sexta-feira (27). Mesmo assim, causou severas inundações e deslizamentos de terra nas cidades afetadas após quatro dias de chuvas intensas e ventos fortes.

Na noite de segunda-feira (23), John atingiu a costa sudoeste do México como um poderosíssimo furacão, trazendo consigo ventos ferozes e precipitações avassaladoras. Inicialmente, os ventos e chuva deixaram um rastro de destruição que resultou em cinco mortes, além de ter derrubado diversas árvores e postes de eletricidade.

Quais foram os danos causados pelo furacão John?

Após perder força, John continuou seu caminho pelo Oceano Pacífico, onde se fortaleceu novamente na quarta-feira (25), dirigindo-se mais ao noroeste. Esse deslocamento lento em direção à terra trouxe novos desafios para as cidades que já tinham sido afetadas anteriormente. Acapulco, uma icônica cidade turística que foi devastada pelo furacão Otis no ano passado, experimentou quatro dias contínuos de chuva intensa.

A situação em Guerrero

No estado de Guerrero, onde está localizada Acapulco, a tempestade John deixou um acumulado de 950 milímetros de chuva, comparado aos 350 milímetros causados pelo furacão Otis, de categoria 5. Alejandra Mendez, coordenadora do Serviço Nacional de Meteorologia (SMN), forneceu esses dados alarmantes enquanto a população lutava para se recuperar dos efeitos das fortes chuvas e inundações.

Desaparecimentos e Danos Materiais

A mídia local reportou o desaparecimento de pelo menos oito pessoas em Guerrero, um dos estados mais pobres do México. O estado foi devastado não somente pelas chuvas incessantes, mas também pelas consequências graves de deslizamentos de terra que isolaram comunidades e tornaram o resgate e a prestação de socorro extremamente desafiadores.

Prognóstico Atual e Futuro

Às 15:00, horário local, o ciclone foi localizado a 100 quilômetros da cidade portuária de Manzanillo, no estado de Colima. Seus ventos sustentados máximos foram reduzidos para 55 quilômetros por hora, quase metade da intensidade registrada pela manhã, conforme dados fornecidos pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). John estava se movendo lentamente para o norte a uma velocidade de aproximadamente 7 km/h, e as previsões indicavam que ele deve se dissipar até o fim de semana.

A tempestade tropical John, rebaixada a uma depressão, mas ainda significantemente perigosa, ilustra a recorrente vulnerabilidade das regiões costeiras mexicanas a eventos climáticos catastróficos. A reconstrução e recuperação dessas regiões requerem esforços contínuos e coordenados para garantir que as populações afetadas possam voltar à normalidade o mais rápido possível.