Chet Gallagher, um ativista pró-vida de 75 anos, foi condenado a 16 meses de prisão após protestar em frente a uma clínica de aborto em Mt. Juliet, Tennessee.

A decisão ocorreu nesta quinta-feira, 26, em um tribunal federal de Nashville, sob a acusação de violar a lei federal FACE Act (Freedom of Access to Clinic Entrances) e “conspiração contra direitos”, em um ato ocorrido em março de 2021. Durante o protesto, Gallagher e outros manifestantes cantaram, rezaram e tentaram persuadir mulheres a não realizarem abortos.

Gallagher foi julgado por sua participação em um ato pacífico, mas a juíza Aleta Trauger concordou com o argumento da promotoria de que o ativista teve um “papel preocupante” no evento. Ele foi condenado a 16 meses de prisão pela acusação de conspiração, com mais três anos de liberdade supervisionada. A acusação por violar o FACE Act rendeu outros seis meses de prisão, que serão cumpridos simultaneamente.

O governo dos EUA, representado pelo advogado Kyle Boynton, havia solicitado uma pena de 20 meses, alegando que a manifestação causou “terror e dor” para os funcionários da clínica e pacientes. Gallagher e seus apoiadores argumentaram que o protesto foi motivado por suas convicções religiosas, ressaltando que ele agiu como um “servo de Deus”.

Sua defesa pediu que não houvesse prisão, apontando para sua idade avançada e problemas de saúde. “Não é suficiente apenas ter crenças religiosas sinceras”, afirmou Gallagher em sua defesa.

O caso de Gallagher é parte de uma série de processos do governo Biden contra ativistas pró-vida, que criticam a aplicação desigual do FACE Act, acusando o governo de usar a lei para intimidar opositores ao aborto. O ativista deve começar a cumprir sua pena em fevereiro, embora haja a possibilidade de adiamento devido a outros processos em andamento.