Os investidores estão de olho nos números do IPCA – 15 (Índice de Preços ao Consumdior Amplo – 15) um dia após a Ata do Copom (Comitê de Política Monetária) ter mantido o tom duro e indicado mais aumentos da taxa básica de juros, Selic, nos próximos encontros.

De acordo com as estimativas dos economistas coletadas pela Bloomberg, a chamada prévia oficial da inflação deve apresentar aceleração na pressão sobre os preços em setembro. A expectativa é que o IPCA-15 acelere para 0,28% no mês, contra 0,18% em agosto. Entre os itens que devem pesar mais para a alta estão alimentos, energia elétrica, passagens aéreas e cigarros.

A leitura anual do indicador aponta para certo alívio com avanço de 4,29% nos últimos 12 meses terminados em setembro, na comparação com 4,35% no mesmo período terminado no mês anterior.

Até o fechamento das negociações de terça-feira, 24, o mercado financeiro ainda dava como certo um reajuste de 0,50 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Banco Central, em novembro.

A curva futura precifica 57 pontos base de reajuste, enquanto as opções de Copom negociadas na B3 apontam para 66% e probabilidade de uma aumento de 0,50 p.p. e 15% de uma alta de 0,75p.p..

Na Ata do Copom, divulgada na terça-feira, 24, a autoridade monetária destacou que a pressão inflacionária tem sido impulsionada pela expansão fiscal do governo, que tem contribuído para uma demanda mais aquecida com resultados prejudiciais ao controle do aumento dos preços.

“Esse ritmo de crescimento da atividade, em contexto de hiato agora avaliado positivo, torna mais desafiador o processo de convergência da inflação à meta. A conjunção de um mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito às famílias segue indicando um suporte ao consumo e consequentemente à demanda agregada“, afirmou o colegiado no documento.