Califórnia restringe celulares nas escolas
Nova lei reflete crescente preocupação com os impactos das redes sociais e dispositivos móveis no desempenho acadêmico e emocional
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, sancionou uma lei nesta segunda-feira, 23, que obriga distritos escolares a estabelecerem regras para limitar o uso de smartphones pelos alunos.
A medida visa reduzir distrações em sala de aula e mitigar os impactos negativos das redes sociais na saúde mental dos jovens, seguindo o exemplo de estados como Flórida, Louisiana e Indiana.
A lei entra em vigor em julho de 2026, dando prazo para que as escolas implementem suas próprias políticas. Segundo Newsom, o objetivo é “fazer com que os estudantes se concentrem no desenvolvimento social e no mundo à sua volta, e não apenas nas telas”. A nova legislação foi inspirada em uma tendência crescente de limitar o uso de dispositivos móveis em ambientes educacionais.
Entretanto, a medida gera críticas. O porta-voz da Associação de Conselhos Escolares da Califórnia, Troy Flint, afirmou que a obrigatoriedade sobrecarrega as escolas. “Somos contra o mandato”, disse, acrescentando que muitos distritos já implementaram restrições voluntariamente.
Jonathan Haidt alertas sobre o impacto dos celulares
O psicólogo social Jonathan Haidt, autor do livro A Geração Ansiosa, destaca-se por suas críticas ao impacto dos smartphones e redes sociais na saúde mental dos jovens. Segundo o autor, o uso excessivo desses dispositivos contribui para o aumento de transtornos como ansiedade, depressão e comportamentos autodestrutivos.
Ele argumenta que a geração Z, a primeira a crescer com smartphones, apresenta um aumento alarmante de problemas de saúde mental. Haidt acredita que a infância, antes marcada por interações sociais diretas, foi “reprogramada”, prejudicando o desenvolvimento social e emocional das crianças.
Para enfrentar esses desafios, Haidt propõe medidas drásticas, como proibir o uso de smartphones antes dos 14 anos e restringir o acesso às redes sociais até os 16. Ele também sugere eliminar o uso de celulares nas escolas.
Haidt defende que essas ações são essenciais para proteger as crianças dos efeitos negativos da hiperconectividade. “Estamos criando uma geração menos resiliente, mais vulnerável emocionalmente”, alerta o psicólogo, reforçando a necessidade de restaurar um ambiente mais saudável para o desenvolvimento social e emocional dos jovens.
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