Macron formaliza novo governo na França
Marine Le Pen, líder do partido direitista Reunião Nacional, ameaçou neste sábado derrubar a equipe apresentada
O presidente da França, Emmanuel Macron (foto), nomeou neste sábado, 21, o novo governo no país. O novo primeiro-ministro Michel Barnier, oriundo das fileiras dos republicanos, tem sido contestado em razão da vitória – sem maioria absoluta – da coligação de esquerda Nova Frente Popular.
Na última quinta-feira, Barnier deu um passo importante no desenvolvimento do seu executivo ao deslocar-se à noite ao Palácio do Eliseu para apresentar a sua lista a Macron.
A lista de ministros proposta por Barnier despertou, no entanto, tensões no campo presidencial e críticas duras à esquerda.
Marine Le Pen, líder do partido direitista Reunião Nacional, também criticou o novo governo e ameaçou neste sábado derrubar a equipe apresentada.
“Esse governo de transição é a consequência do ninho de vespas criado com alianças não naturais estabelecidas nas eleições legislativas”, escreveu Le Pen no X.
Ela afirmou ainda que sua coligação vai “continuar a preparar a grande alternativa para que a França se levante”.
Os líderes dos partidos da coligação Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, já anunciaram que apresentarão uma moção de censura ao novo governo.
O apelo de Macron
Emmanuel Macron apelou, na sexta-feira, 20 de setembro, a “todos os grupos políticos” para “ajudar” Michel Barnier a formar governo:
“É importante que todos os grupos políticos, com empenho e sentido de responsabilidade, ajudem [Michel Barnier] a formar um governo”, declarou o presidente. “Todos devem ajudá-lo a ter sucesso porque é do interesse coletivo.” Segundo Macron, Michel Barnier compõe a sua equipe “com muito empenho e total liberdade”.
Um antigo deputado do MoDem, respeitado por todos os grupos parlamentares, Jean-Louis Bourlanges, ex-presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros, “implora aos seus amigos” do seu partido “que ultrapassem as suas reservas”, enquanto decorre uma reunião de crise.
“Devemos ajudar Michel Barnier a ter sucesso”, escreveu o ex-deputado no X.“A situação política, financeira e internacional do país é demasiado grave para que os apoiadores de uma França liberal, social e europeia, sejam eles de direita, de esquerda ou de centro, se recusem a assumir conjuntamente todas as suas responsabilidades”, continua ele.
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